O Comité de Coordenação da Rede Europeia de Geoparques decidiu ontem, em Paris, na sede da UNESCO, admitir o Geoparque Açores na rede.
Recorde-se que, em setembro do ano passado, em Arouca, o geoparque açoriano falhou a entrada na Rede, na 11.ª Conferência Europeia de Geoparques.
O Geoparque Açores tem 121 geossítios espalhados por nove ilhas, espelhando a geodiversidade vulcânica do arquipélago, incluindo caldeiras, campos lávicos ou cordilheiras vulcânicas, que reportam uma memória geológica de 10 milhões de anos.
Dos 121 geossítios, 57 foram considerados como prioritários para o desenvolvimento de estratégias de geoconservação e a implementação de ações de valorização, distribuindo-se pelas ilhas de S. Miguel (10), Pico (8), Terceira (7), Faial (6), Flores (6), Santa Maria (5), Graciosa (5), São Jorge (5) e Corvo (3) e pelos fundos marinhos do ‘plateau’ dos Açores (2).
A integração do Geoparque Açores na Rede Europeia e Global de Geoparques permite reforçar as interligações entre a geologia, as paisagens vulcânicas, a biodiversidade e os valores culturais do arquipélago.
Entretanto, o secretário regional dos Recursos Naturais já se congratulou com a entrada na rede. De acordo com Luís Neto Viveiros, “a relevância do património geológico dos Açores, o seu valor científico, cénico e educacional e, simultaneamente, a existência de uma rica biodiversidade e um assinalável património cultural levaram o Governo dos Açores a apostar na criação e implementação do Geoparque Açores como um projeto estruturante para a Região, que agora obtém reconhecimento internacional”.