Governo dos Açores cria área de proteção marinha no campo hidrotermal LUSO

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O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia anunciou hoje a criação de uma área marinha de restrição à pesca na zona envolvente do recém-descoberto campo hidrotermal LUSO, no monte submarino ‘Gigante’, localizado entre as Flores e o Faial.

Gui Menezes, que falava na Ribeira Quente, acrescentou que aquela área, com cerca de 55 km2, vai ficar protegida das atividades da pesca.

O Governo dos Açores fez publicar hoje, data em que se assinala o Dia Mundial do Mar, a regulamentação que determina a proibição da pesca na zona do campo hidrotermal LUSO, descoberto em 2018, preservando este ecossistema para a investigação do mar profundo.

“São zonas ecologicamente muito importantes”, afirmou o Secretário Regional, acrescentando que “importa aprofundar o seu conhecimento”.

A preservação desta área vai permitir, segundo Gui Menezes, que “seja estudada pelos nossos investigadores, de forma a percebermos melhor o funcionamento destes ecossistemas”.

“Os campos hidrotermais albergam organismos em ambientes extremos que podem ter algumas potencialidades, por exemplo, para a biotecnologia”, referiu.

Em junho de 2018, uma expedição organizada pela Fundação Oceano Azul, em parceria com a Universidade dos Açores (OKEANOS), a Fundação Waitt, a National Geographic, o Instituto Hidrográfico e a Estrutura para a Extensão da Plataforma Continental, descobriu esta nova fonte hidrotermal, considerada “um ecossistema com elevado potencial para a compreensão da evolução da vida nos oceanos”.

O Secretário Regional adiantou ainda que o Executivo açoriano criou uma nova área de produção aquícola denominada ‘Baía do Filipe’, situada na ilha Graciosa, que se junta às três áreas pré-definidas para a produção aquícola já existentes nas ilhas do Faial, Terceira e São Miguel.

“Os operadores que queiram fazer projetos de aquacultura têm mais esta área para desenvolver esta atividade”, salientou.

Gui Menezes frisou que “a aposta do Governo dos Açores tem sido não só na promoção da investigação, mas também na promoção e na atração de investimentos em aquacultura para os Açores”.

“Esta é uma área ainda recente, numa fase experimental, mas no futuro será importante para dinamizarmos e reforçarmos a economia azul” na Região, defendeu.

O Secretário Regional referiu que, no caso particular da área para produção aquícola de São Miguel, na Ribeira Quente, “já existe produção de lírios numa jaula flutuante”.

Gui Menezes apontou também como “aspetos importantes”, não só “o interesse de muitos promotores”, mas também o envolvimento das comunidades piscatórias, no caso da Ribeira Quente, considerando que “há um envolvimento direto de pescadores no projeto de aquacultura”.

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