Governo regional e Universidade dos Açores assinam novo acordo de implementação do POPA

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O Governo e a Universidade dos Açores, assinaram, na Horta, o novo acordo de implementação do Programa de Observação para as Pescas nos Açores (POPA).
A cerimónia de assinatura, decorreu na manhã de terça feira, no Teatro Faialense, no âmbito do programa do primeiro Fórum Internacional das Pescas dos Açores, promovido pela secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, que terminou esta quinta-feira na Horta.
O POPA surgiu em 1998 como resposta à necessidade de monitorização da atividade da pesca do atum. Este programa, garante que pesca do atum nos Açores, se pratique de forma sustentável, onde não ocorre sobrexploração de recursos nem danificação dos ecossistemas a eles associados. 
O POPA resulta de um acordo entre a Administração Regional, através da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM); o “Earth Island Institute”; a Indústria Conserveira Açoriana, através da Associação de Conserveiros de Peixe dos Açores (Pão-do-Mar); os Armadores do atum, através da Associação de Produtores de Atum e Similares dos Açores (APASA); e o Instituto do Mar, através do Centro do IMAR da Universidade dos Açores (IMAR-DOP/UAç), que representa um investimento anual, por parte do executivo, de cerca 170 mil euros e este ano será replicado no arquipélago da Madeira, em resultado de um protocolo assinado este ano entre os dois governos regionais. 
Após a assinatura do acordo Fausto e Abreu, destacou a importância que o POPA tem na Região, revelando que para além de “um apoio do Governo Regional às Pescas” é também um contributo importante para a ciência, na medida em que “mantém de forma sistemática ao longo dos anos a recolha de dados, que têm grande valor científico e que permitem detetar tendências de alteração nas pescas que de outra forma não seriam detetadas”, reforçou.
Por outro lado, considerou o governante “o POPA é também um grande apoio do Governo à economia dos Açores”, uma vez que “traz facilidades às exportações, nomeadamente a conserveira”, assim como contribui para  que o arquipélago seja reconhecido como “um dos destinos turísticos mais sustentáveis do mundo”, disse.
Miguel Machete, Coordenador do Programa POPA revelou à comunicação social que campanha do POPA para 2016, já se iniciou, embora “com um efetivo um pouco menor”. “Em vez de nove observadores, começamos com oito”, tendo em conta a atual  “realidade da pesca do atum”, adiantando que neste momento “temos quatro observadores embarcados”.
O coordenador explicou nos últimos anos a safra do atum tem diminuído nos Açores. Segundo Miguel Machete isso pode dever-se ao facto “do atum ser uma espécie migratória que não pertence aos Açores”, apontado como possíveis razões, por exemplo, “o aumento do esforço de pesca” na costa africana, onde são utilizadas outras formas de pesca não tão sustentáveis, e as alterações climáticas. “Existe um conjunto de variáveis que levam a esta diminuição”, esclareceu. No entanto o biólogo espera que este ano a situação se reverta e que à semelhança de outros anos, sejam as embarcações madeirenses a vir pescar para os Açores.

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