Grupo Aeroporto da Horta – “Carta enviada pela SATA é uma ofensa aos faialenses”, afirma Dejalme Vargas

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O Grupo Aeroporto da Horta (GAH) afirmou, em conferência de imprensa, que a SATA está a ofender os faialenses com a carta que remeteu, com os preços praticados de e para a Horta, com a falta de promoção do destino e com a programação de voos.
Segundo o representante do Grupo, a SATA “está muito preocupada com a nossa rota, mas ainda mais em continuar a mentir aos faialenses, e em não melhorar o seu serviço”.

O GAH realizou, na passada terça-feira, no Bar da Marinha da Horta, uma conferência de imprensa com o objetivo de divulgar a sua opinião e o seu parecer sobre as últimas declarações da secretária regional dos Transportes e do presidente do Conselho de Administração da SATA, “na perspetiva da isenção da informação e na defesa do contraditório a que a mesma deve estar sujeita”, disse o representante do Grupo.
Dejalme Vargas não percebe “como é que a SATA manda uma carta daquelas a dizer que somos todos burros, que se calhar nós é que não sabemos encontrar voos”.
De acordo com o GAH, “os dados que a SATA e o Governo Regional apresentaram são uma mistificação propositada para confundir as pessoas e tentar denegrir a justeza das reivindicações dos faialenses no que concerne à programação da SATA para a rota da Horta no verão IATA 2018”.
O porta-voz do grupo afirmou que estes números não são “auditáveis nem verificáveis, pois não são públicos”, pelo que “a sua credibilidade é reduzida”, até porque “há dois anos, o Presidente da SATA, em declarações proferidas à comunicação Social na Horta, deu uma prova cabal da forma como, na SATA, se manipulam os números e se falseiam os mesmo para se tentar justificar opções da empresa”, lembrou.
“O GAH, quanto a números e estatísticas, apenas se pode guiar pelos dados oficiais fornecidos pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA)”, que segundo o que sabem foram fornecidos pela ANA e pela SATA Aeródromos, sendo, portanto, “os únicos números que são válidos e que valem para comparar e para discutir taxas de ocupação e tudo mais”, defendeu o representante do grupo.
Dejalme Vargas avançou ainda que “da análise que fazemos dos mesmos, resultam óbvias incongruências com os números da SATA e do Governo Regional”.
Para o GAH, há uma forma “ostensiva como a SATA e o Governo Regional desmerecem a rota da Horta” e aos “exemplos já denunciados” acresce a “nula promoção do destino Faial que tem sido feita pela companhia e os preços exorbitantes praticados nesta rota”.
No entanto, “o destino aumentou a sua procura e tráfego, mesmo com a SATA a nada fazer para que isso aconteça”, referiu.
O porta-voz salientou que “em vez de tentar manipular os números, a SATA e o Governo Regional devem é uma explicação aos açorianos”, e neste contexto desafiou-os a explicar como podem “vender uma rota e encher aviões quando a SATA resolve comerciar um voo apenas 10 dias antes da sua realização e com tarifas de 240 euros”, como aconteceu com o voo do passado dia 24 de março.
Dejalme Vargas sublinhou ainda que “não há nenhuma rota no mundo em que não fiquem lugares disponíveis por utilizar”, incluindo as outras rotas do arquipélago, e que a SATA não pode esquecer que quando um voo “chega cá com 100% de ocupação está cheio, mesmo que vá para trás só com 80 pessoas”.
Neste sentido, o representante salientou que num dos pontos da carta enviada aos faialenses a SATA afirma que “quando houver necessidade que faz voos extra” então desafia o Presidente a programar desde já mais um voo para o dia 4 de agosto, que segundo a companhia aérea já está cheio.
O Grupo acusou ainda a SATA de alterar os preços, que segundo a companhia aérea “são gerados por um computador e por um algoritmo”. “Se os nossos preços são altos, esse algoritmo diz que a rota da Horta é procurada. As rotas que não são procuradas é que têm de ter uma tarifa mais reduzida para atrair clientes”, explicou. Para Dejalme Vargas esta situação contradiz a palavra da SATA “que afirma que a rota da Horta não tem procura suficiente para aumentar o número de voos”.
Para ser mais explícito, o porta-voz do GAH avançou que “a nossa rota tem preços mais altos e a SATA diz que não mexe, mas no dia 20, dois dias antes da manifestação, alterou as tarifas que tinham sido colocadas no Facebook por certas pessoas para certos dias”.
“A SATA é uma companhia regional, é que tem de servir em primeiro lugar os açorianos, todos por igual e prestar um bom serviço aos açorianos”, frisou Dejalme Vargas.
Por isso mesmo, reforçou que a companhia “em vez de emendar à mão, corrigir os erros e unir os açorianos, a atual administração da SATA, está cada vez mais transformada em agente político que tenta dividir para reinar, julgando que, assim, nos engana sobre as suas próprias insuficiências e incapacidades”, concluiu.

 

Fórum Acessibilidades Aéreas
O Grupo Aeroporto da Horta aproveitou a ocasião para divulgar o fórum “Acessibilidades Aéreas” que vai promover, no próximo dia 7 de abril, pelas 20h30, na Sociedade Amor da Pátria.
O fórum conta com a participação do eurodeputado José Manuel Fernandes, relator do Plano Junker, do Grupo de Trabalho da Câmara Municipal da Horta (CMH) e com Carlos Morais, representante de um grupo de empresários do turismo do Faial.
Os temas a abordar são a obtenção de financiamento, o estudo feito pelo Grupo de Trabalho da CMH, formas de melhorar o serviço e as acessibilidades e formas de contornar as dificuldades que têm sido colocados na rota da Horta.

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