Centeno enaltece ainda o procedimento concursal na escolha dos próximos dirigentes, defendendo ser “o momento e o meio idóneo e mais rigoroso” para proceder a essa reavaliação.
Há quase um ano, em dezembro do ano passado, inspetores da Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária realizaram buscas na IGF, e no Ministério da Defesa e Cruz Vermelha Portuguesa, suspeitando de corrupção passiva, peculato e abuso de poder de altos responsáveis de serviços centrais da Administração Pública do Estado.
A investigação debruçou-se em “indícios da prática de atos ilícitos em procedimentos concursais, em ações de fiscalização que lesaram gravemente o Estado nos seus interesses financeiros, tendo como contrapartidas benefícios individuais dos visados”, explicou na altura a Procuradoria-geral distrital de Lisboa.
“A IGF manifesta a sua satisfação pelas diligências hoje efetuadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária, em linha com as já realizadas no âmbito da designada ‘operação BUG’, bem como a sua confiança na rápida conclusão das investigações em curso, com vista a pôr termo às atividades ilícitas contra órgãos e instituições do Estado”, disse fonte da IGF em comunicado também nessa altura.
A IGF lembrou que, em 20 de março e em 14 de setembro de 2018, “tinha comunicado às autoridades judiciárias comportamentos indiciadores da prática de atos ilícitos por parte de alguns trabalhadores” e que, nessa sequência, órgãos e instituições públicas, incluindo a IGF, “foram alvo de denúncias caluniosas com indícios de origem interna, as quais foram, igualmente, comunicadas ao Ministério Público”.