Mariana Rovoredo
De 29 de agosto de 2022 a 20 de julho de 2023, estará exposta, nos jardins da Casa Manuel de Arriaga, a exposição “Mitos da Atlântida”, composta por 13 esculturas de José Serra – 12 em pedra basáltica do Pico e uma de tufo retirado do Monte da Guia, no Faial.
Com o mar sempre como sua fonte de inspiração, o ex-jornalista, que também trabalhou como técnico no DOP – Departamento de Oceanografia e Pescas, há muito se interessa pela fotografia subaquática e pintura, e, em 2013, surgiu-lhe o gosto pela escultura em pedras vulcânicas.
José Serra explica em visita guiada ao Tribuna das Ilhas as suas peças: as figuras do Adamastor e da sua deusa, em homenagem aos navegadores portugueses; a baleia e o golfinho que simbolizam o mar e os monstros marinhos; os peixes; e ainda figuras que representam povos que poderão ter existido na época da Atlântida, desde guerreiros negros e da América Central com ar feroz, e ainda ninfas, provenientes da imaginação dos navegadores.
Esculpida em tufo do Faial, está a forma de um fóssil, em homenagem a Santa Maria, ilha mais antiga da região, repleta de fósseis, e que em tempos diziam ser um resto da Atlântida, justifica o escultor.
O criador conta que esta parceria surgiu de um convite do diretor do Museu da Horta, que viu algumas das suas criações, e da criação de um “fio condutor” entre as peças. Assim surgiu o título da exposição, que se prende com a lenda de que os Açores poderão estar localizados onde existia o continente perdido da Atlântida. Está ainda relacionado com uma homenagem aos navegadores e às descobertas dos portugueses.
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