Marco Silva, designer e argumentista faialense, pretende criar franchise transmedia internacional a partir de uma banda desenhada

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Mariana Rovoredo

Licenciado em Design da Comunicação – Arte Gráfica e mestre em Estudos Cinematográficos, Marco Fraga da Silva nasceu no Faial em 1981 e encontra-se a desenvolver uma tese de doutoramento em Artes dos Media na Universidade Lusófona de Lisboa.

A componente prática da sua tese consiste na criação de uma banda desenhada (BD) de raiz intitulada “Crónicas do Tempo e do Espaço”, que servirá de “cartão de visita” para o modelo de criação de um franchise transmedia
em Portugal – a componente teórica da tese.

Neste universo entra a trilogia ficcional “Uluru”, cuja primeira parte contém 158 páginas e está disponível online, gratuitamente, em https://www.chroniclesoftimeandspace.com/portugu%C3%AAs. Recentemente foi angariado o valor necessário para o início da sua versão impressa, sendo o próximo objetivo publicá-la no Brasil.

Conta a história de Uluru, que, juntamente com outras crianças, foram criadas e educadas por entidades artificiais. Na ação, “Uluru foge de casa e da supervisão das entidades cibernéticas que o educam e atravessa a Austrália em busca de outros seres humanos, procurando superar o longo luto e o sentimento de perda que carrega.”

O universo de “Crónicas do Tempo e do Espaço”, localizado no Planeta Terra numa época muito posterior a uma catástrofe que exterminou a maioria dos humanos, será composto por histórias curtas e por narrativas maiores como Vidalia, Dragon Head, Limpatudo, Ld., entre outras. O objetivo final será
transformá-lo num “franchise transmedia” – divulgar este universo através de vários meios, como séries, jogos, filmes, desenhos animados, entre outros.

Marco Fraga da Silva (MS) foi o criador e argumentista deste universo e desta
história que surgiram nos seus sonhos. Mattieu Pereira, por sua vez, criou as
ilustrações que foram coloridas por Sofia Pereira. Flávio Silva, tradutor irmão do argumentista, converteu o texto de português para mandarim, francês e inglês.

TI – Como é que lhe surgiu este gosto pela escrita e design, e pela BD em particular?
MS – O gosto pela BD surgiu naturalmente quando era criança. Os meus pais compravam vários livros de BD e recordo-me de ler muito. Depois houve uma altura em que me desinteressei, mas aos 26 anos, quando fui para Beja, uma das poucas cidades em Portugal que tem uma BDteca, retomei o gosto pela BD. O meu pai tinha um jornal cultural chamado “Avenida Marginal” e surgiu a oportunidade de fazer algo com BD, como por exemplo um concurso, para ser impresso no jornal. Em 2009 criamos o concurso e a adesão foi boa.
Em relação à literatura, o meu pai Heitor Silva é poeta e já tem alguns livros publicados, e julgo que poderá ter sido uma razão do meu interesse pela palavra escrita.
Desde cedo tive um interesse muito grande em imagens, cinema e séries de animação. Por isso escolhi seguir Design de Comunicação. Cinema e design são áreas distintas, mas próximas, de alguma forma, por exemplo a BD é quase como um cinema estático.
Tenho um gosto muito grande pela multimédia/transmedia e pela partilha de histórias a partir de vários meios.
O meu gosto pela escrita também foi evoluindo e para melhorar a minha escrita fui escrevendo artigos para um jornal.

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