Navio Mestre Simão – Sete empresas apresentaram propostas para o remover

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Foram sete as propostas que chegaram ao grupo de seguradoras que está responsável pela remoção do Navio Mestre Simão, que têm agora mais quinze dias para escolher a melhor proposta e submete-la à aprovação da autoridade marítima.

Sete empresas apresentaram propostas para a remoção do navio “Mestre Simão”, pertencente à empresa pública Atlânticoline, que encalhou no início de janeiro no porto da Madalena do Pico, e que assegurava o transporte de passageiros e viaturas entre as ilhas do Triângulo (Faial, Pico e São Jorge), anunciou o Capitão do Porto da Horta, Rafael da Silva.
“Tivemos a informação de que foram apresentadas sete propostas”, referiu o responsável pela autoridade marítima, acrescentando que o grupo de seguradoras que está a acompanhar o processo vai agora avaliá-las “tendo em mente a exequibilidade dos planos”, sem, no entanto, “descurar os aspetos financeiros”.
De acordo com o Capitão do Porto da Horta, esse prazo de avaliação poderá demorar “entre uma a duas semanas”, seguindo-se a apresentação final de um ou mais planos de remoção do navio “Mestre Simão”.
As propostas apresentadas sugerem duas soluções distintas para a remoção do navio, uma das quais passa por retirar o barco inteiro do local, via marítima, enquanto que a outra sugere o seu desmantelamento para terra.
“As soluções passam, por um lado, por fazer chegar ao navio uma plataforma, equipada com uma grua com capacidade para levantar o navio e depois colocá-lo numa barcaça e removê-lo para outro local na ilha do Pico ou no continente onde seria depois acabada a sua demolição”, adiantou Rafael da Silva, acrescentando que a outra hipótese é “estudar uma alternativa por terra, fazer um aterro junto à orla costeira e proceder ao desmancho progressivo do navio para terra em grandes bocados que depois seriam cortados em bocados mais pequenos, reciclado e se necessário fosse exportado para fora da ilha”.
De acordo com as informações recolhidas pela autoridade marítima, as propostas de remoção do navio apontam para que os trabalhos demorem “entre três a cinco meses”, devendo estar concluídas, em qualquer dos casos, no início do verão.

 

Atlânticoline pode vir a suspender a Linha Lilás

O acidente do Mestre Simão e a decisão de não fretar nenhum outro navio para a sua substituição, pode significar para a Atlânticoline a suspensão da ligação entre o Faial, Pico, Velas, Calheta e Angra do Heroísmo.
Perante esta situação, a Câmara do Comércio e Indústria de Angra do Heroísmo (CCAH), através do seu Presidente Sandro Paím receia que esta situação prejudique a ligação da ilha Terceira com as restantes ilhas do Grupo Central, com as consequências inevitáveis no turismo.
Para Sandro Paím “se queremos crescer no turismo de forma sustentada, temos que ter uma oferta de mobilidade aos turistas que lhes permitam visitar mais que uma ilha do Grupo Central”.
Considera, ainda, o Presidente da CCAH que está em causa o desenvolvimento estratégico destas ilhas e o crescimento económico destes concelhos, na medida em que “este tipo de oferta incrementa o mercado que os comerciantes locais têm”.
Contatada pelo Tribuna das Ilhas para esclarecer esta possível suspensão, a Atlânticoline referiu que a decisão de suspensão ou não da Linha Lilás compete ao Governo, com o qual irão reunir em breve, não podendo avançar nada uma vez que esta linha está incluída nas obrigações de serviço publico.
Quanto ao possível fretamento de um barco para a Linha Lilás, a Atlânticoline avança que não tem nada a acrescentar ao que foi dito na conferência de imprensa realizada na ilha de São Miguel, ou seja, não vão fretar nenhum barco, o serviço vai ser assegurado com o Gilberto Mariano e com os cruzeiros.
A Linha Lilás tinha uma periodicidade semanal e ligava os portos de Velas, Calheta e Angra do Heroísmo.

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