Numa missão liderada por cientistas do MARUM Center for Marine Environmental Sciences e Max Planck Institute for Marine Microbiology da Alemanha, na qual participaram investigadores do IMAR/DOP da Universidade dos Açores no N/I Meteor, foi descoberto um novo campo hidrotermal com várias fontes marinhas a cerca de 500 quilometros a sudoeste dos Açores.
De acordo com informação disponibilizada no site do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, esta área apresenta chaminés até
Com um destes pontos denominado “Piquinho” por alusão ao topo da Montanha do Pico, “o nome geral deste novo campo, “Bubbylon”, advém da forma como foi feita esta descoberta, onde foi usada a última geração da sonda acústica do navio Meteor para detectar plumas com bolhas de gás na coluna de água” – explicam os especialistas.
A suspeita de que poderia haver algo “diferente” naquela zona surgiu quando foram detectadas várias cortinas de bolhas a cerca de
Perante isso, o submersível controlado remotamente, MARUM-QUEST, mergulhou na área para documentar a existência de chaminés e fauna típica das hidrotermais na falha Média Atlântica.
A investigação das fontes hidrotermais marinhas de profundidade no Atlântico é o objectivo dos 30 cientistas de vários locais da Alemanha (Hamburgo, Bremen e Kiel), de Portugal (Açores) e França, que estão a bordo do Navio de Investigação Meteor desde 6 de Setembro.
Desde a descoberta deste novo campo, os cientistas nesta missão têm procurado intensivamente com a sonda na coluna de água e já encontraram já pelo menos mais 5 locais com plumas de gás.
“O nosso resultado indica que existem muitos mais destes pequenos locais activos ao longo da falha Média Atlântica do que previamente consideramos”, afirmou a propósito Nicole Dubilier, chefe cientista desta expedição, que explica ainda que “a nossa descoberta é algo excitante já que pode ajudar a dar resposta ao eterno mistério: como é que os animais se deslocam entre campos hidrotermais que se encontram muitas vezes separados por centenas de km. Talvez eles usem estes pequenos locais como “stepping stones “ para a sua dispersão”.
A expedição ao vulcão submarino Menez Gwen ao largo dos Açores é financiada pelo MARUM, (Centro de Ciências Ambientais Marinhas) em Bremen.