OBITUÁRIO

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Luís Carlos Decq Mota

Faleceu vítima de enfarte, na tarde de 2 de agosto, Luís Carlos Decq Mota, médico que ao longo de décadas acompanhou processos de gravidez no Hospital da Horta, dos quais resultaram 11.500 partos. Figura querida de toda a comunidade, nasceu em São Miguel a 11 de julho de 1948, filho do doutor Luís Carlos Decq Motta, o “Médico dos Pobres”, e de Maria Elisa Bicudo Decq Mota. Casou com Maria da Graça Freitas Decq Mota, e tiveram três filhas – Ana Paula, Graça e Sofia – e três netos. Deixou também os irmãos Maria Leonor, José, Maria Elisa, João e António, entre muitos outros elementos da vasta família agora enlutada.
Toda a sua vida foi dividida entre a profissão, a família, o mar e a militância política.
Licenciou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra (UC), em novembro de 1974, concluindo o Internato de Obstetrícia em finais de 1981, após passagens pelo Hospital da UC, no Serviço Médico de Periferia de Santa Comba Dão e de retomar ao Hospital da Cidade dos Doutores. A 1 de fevereiro de 1982 chega ao Hospital da Horta para uma carreira longa. Em 1984 foi nomeado Diretor do Serviço de Obstetrícia e tornou-se Chefe de Serviço em 1990. Só a 31/10/2017 se aposentou, após 35 anos a servir as comunidades do Faial, Pico, Flores e Corvo.
Começou a sua ligação à Vela em 1958, interrompendo a prática regular após 1965, data em que rumou a Coimbra. Após voltar ao Faial, foi presidente do Clube Naval da Horta (CNH) de 1984 a 1987. A ligação ao clube, do qual era sócio honorário, permaneceu, estando ligado quer às atividades quer aos órgãos sociais. Era à data membro do Conselho Geral do CNH. Conhecedor exímio do mar dos Açores, havia participado mais uma vez na Atlantis Cup, com o seu Air Mail. Aliás, o próprio esteve envolvido no surgimento da prova e participou na quase totalidade das 32 edições.
Era antigo atleta e sócio do Fayal Sport Club.
Em 2016 foi homenageado, no dia da Cidade, com a Medalha de Mérito Municipal Dourada pelo “profissionalismo e serviços prestados ao longo de mais de três décadas” e “elevado sentido de responsabilidade, zelo e humanidade com que exerce as nobres funções de médico”.
Foi militante do Partido Comunista Português e era membro da Comissão Política de Ilha do partido. Ao longo do seu envolvimento político concorreu à presidência da Câmara Municipal da Horta e integrou listas às assembleias da República, Regional e Municipal.

Edila Andrade Gaitonde

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Faleceu, no passado dia 26 de julho, na cidade do Porto, Edila Andrade Gaitonde, de 100 anos de idade.
Natural do Faial, onde nasceu a 3 de novembro de 1920, era filha de Maria Adelaide Brum e de Júlio Dutra de Andrade.
Edila foi distinta escritora e professora de música. Tendo casado com o médico indiano Dr. Pundalik Gaitonde, um resistente ao salazarismo e partidário da integração de Goa, Damão e Diu na União Indiana, sempre se afirmou como católica numa sociedade hindu, a qual a respeitava.
Desenvolveu a educação de música clássica ocidental em Goa e, em 1952, apresentou 30 candidatos aos exames da Royal School of Music de Londres.
Em Bombaim montou uma escola de música ocidental e em Nova Deli foi locutora da All India Radio.
Como escritora, tem uma vasta obra publicada de que se destacam “As Maçãs Azuis: Portugal e Goa 1948-1961”, Tágide, 2011 e “A cruz de fogo: amor e ódio em Goa no tempo de Garcia de Orta”, Tágide, 2013.
A RTP2 realizou um filme sobre a vida de Edila, que foi transmitido por ocasião do seu centenário.

Marília Dutra de Andrade

Faleceu no passado dia 17 de julho, com 94 anos de idade, filha de Maria Adelaide Brum e de Júlio Dutra de Andrade.
Era professora primária e mãe de Vanda Andrade e de Miguel Andrade, e irmã da escritora Edila Gaitonde.

 

 

 

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