Opinando em Tópicos – História duma Insígnia

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Há um ano que fui à Vila do nordeste micaelense, acompanhado da minha sobrinha e afilhada Graça (Amaral pela mãe, Silveira pelo pai) e também por inseparável bengala, por as minhas pernas não serem já as mesmas que corriam atrás duma bola de futebol.

Aliás, uma saída da Terceira que não constava do meu calendário, nem mesmo para o Faial.

Mas um dever cívico, uma obrigação que me tem acompanhado desde que sou gente a valer, em 94 anos de vida cristã, fez-me dar um safanão num quotidiano, apenas conformado com a vontade de Deus.

É que se tratava de receber uma honrosa Insígnia de Mérito Cívico da Região no Dia dos Açores, cuja comemoração, em Segunda Feira de Espirito Santo, se realiza alternadamente nos Concelhos, com a devida solenidade e agrado do Povo.

Foi naturalmente com surpresa que recebi a notícia, depois confirmada em amável carta da ilustre Presidente da Assembleia Legislativa, dando-me conhecimento da deliberação, aprovada por unanimidade dos parlamentares, facto que me deixou deveras reconhecido a todos quantos intervieram no processo, a começar pelo Dr. Artur Lima, líder do CDS, e a acabar na Drª. Ana Luís, isto seguindo a sentença evangélica.

Também sensibilizado fiquei com o convite dos Presidentes dos dois Órgãos Autonómicos para assistir às cerimónias do Dia dos Açores, em 9 de Junho de 2014, do que então fiz referência neste Jornal.

E julgando ser este o momento mais oportuno, algo vou acrescentar respeitante à entrega das medalhas aos 27 agraciados.

Como fosse dos últimos, fui ouvindo interessadamente e com admiração os prestigiantes currículos que iam sendo anunciados, deixando-me até qual carta fora do baralho.

Mas ao ouvir o meu, aliás, mais longo do que esperava, terei ficado a tomar pé, e, assim, eis-me apoiado na dita bengala, apenas preocupado como vencer os dois degraus do palanque.

Porém, num ápice, vejo, inesperadamente, à minha frente, sorridente, o Senhor Presidente Vasco Cordeiro que, irradiando simpatia, veio colocar na lapela a honrosa Insígnia, num lindo gesto que me acompanhará nesta última passagem terrena.

 

Orquídeas aos milhares no Faial

Foi com o maior agrado que tomei conhecimento da doação ao Jardim Botânico regional, sito nos Flamengos, pelo casal Ranta, finlandês, de grande parte da sua famosa colecção de Orquídeas, a segunda maior da Europa, como lemos neste Jornal.

É que, além de ser de mais de 760 as espécies das 7 000 (sete mil) plantas, há a salientar a escolha do Faial, por ser a ilha que possui melhores condições (opinião dos Rantas) para as plantas das flores assaz conhecidas e apreciadas pelo mundo inteiro.

E também pela confiança depositada nos respectivos técnicos, Director em especial, ficando, porém, todos com a responsabilidade de porem a render tamanha dádiva, com repercussão económica e de enorme interesse turístico.

Falando de Orquídeas, não posso deixar de recordar o saudoso amigo Henrique Peixoto, um ilustrado e interessado faialense, apaixonado, em especial, pelas flores em apreço, desejando mesmo ver as ribanceiras da ilha cheias das respectivas plantas.

Terá até morrido sem saber de qual das trinta espécies de Orquídeas, oferecidas ao Jardim do Faial, seria a sua noiva.

Raul Castro no Vaticano

A 9 de Maio a grande noticia que deu volta ao Mundo foi a audiência de uma hora do Papa ao Presidente de Cuba que se deslocou ao Vaticano para agradecer o valioso contributo no levantamento do embargo de mercadorias por parte dos Estados Unidos da América do Norte.

Aliás, um bom fruto das apelativas cartas que, nesse sentido, o Papa Francisco enviou aos Presidentes Obama e Raul Castro, e também referentes ao reatamento das relações diplomáticas entre os dois países.

Como se sabe, tanto João Paulo II como Bento XVI muito contribuíram com as suas visitas para o feliz desfecho agora verificado, com o Vaticano a ter mais uma palavra no bom entendimento dos povos.

 

BRIANDA em cerveja terceirense

Segundo lemos no D.I. está a ser fabricada, na Terceira, cerveja artesanal nos Biscoitos que até já tem designação: BRIANDA, o nome da famosa heroína que, com toiros bravos, atirou invasores espanhóis para o mar, sem vontade de voltarem a terra.

Seus produtores – Miguel Teixeira e Filipe Moura – há quatro anos que vêm em andanças de aturadas experiências com vista a encontrar um gosto especial para as diferentes quatro espécies a comercializar.

E dado o apreciável volume de cerveja que se consome nos Açores, com a Terceira no topo, devido às toiradas à corda, sem conto, não custa acreditar que mercado não faltará.

 

 

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