Preço de venda do pescado compensa aumento dos combustíveis

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DR TI

Constrangimentos provocados pela especulação gerada com a Guerra na Ucrânia aumentaram custos de produção. Setor piscatório regional resiste aos primeiros impactos e o aumento da procura tem sido parte da solução. Comerciantes temem próximos meses face à menor procura esperada.

A invasão da Ucrânia pela Rússia desregulou todo o sistema económico e financeiro mundial. Os custos de energia e dos combustíveis têm escalado, o que cria dificuldades transversais a diversos setores, particularmente o setor primário.

Além do preço do combustível tudo o resto sofreu às custas da inflação: alimentação, material de pesca, taxas para exportação.

Atualmente o gasóleo utilizado pelas embarcações situa-se nos 1,07 € /l. “Se pensarmos que há embarcações que consomem 50 l por hora, e trabalham nalguns casos 24h00 sobre 24h00 horas, vemos o impacto muito significativo que isto tem no rendimento”, declara Jorge Gonçalves. O presidente da Associação de Produtores de Espécies Demersais dos Açores (APEDA) assegura que no Faial não há nota de nenhuma embarcação ter deixado de ir para o mar por dificuldades financeiras. Até porque o peixe “tem-se mantido a um preço muito elevado em lota, o que faz com que – não sendo uma compensação na sua totalidade – ajude bastante” a mitigar os impactos dos preços dos combustíveis no rendimento do setor.

“Temos um aumento muito significativo de turismo, que levou ao aumento do consumo e da procura. Não só no arquipélago, mas para exportação, a nível nacional e europeu, tem havido uma procura muito grande por isso os preços estão muito elevados” acrescenta o também armador do Manuel de Arriaga.

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