O momento mais quente da manhã do terceiro dia do período legislativo de fevereiro foi iniciado pela declaração política do PPM relativa à crise económica e social açoriana e ao papel tomado por parte do Governo Regional.
Entre acusações de nada ser feito para combater a pobreza, o desemprego e para ajudar diversos setores de atividade Paulo Estevão, deputado da representação parlamentar do PPM, teve ainda tempo para tecer criticas à ação governamental que vê como “apenas reativa e está muito longe de ter uma ação concertada e planeada no tempo”.
“Enquanto tudo se desmantela e cai em nosso redor, onde está o Governo dos Açores? Onde está o Governo dos Açores? Apetece-me colocar aqui e agora um cartaz ao melhor estilo do faroeste a dizer: procura-se o Governo dos Açores, que se encontra em parte incerta” sublinhou o deputado eleito pelo Corvo durante a sua declaração política.
No final da sua primeira intervenção o monárquico incitou o Governo Regional a se demitir já que aos seus olhos a atitude seria “o único serviço que estão em condições de prestar ao povo açoriano”.
Os ânimos aqueceram após a intervenção do deputado socialista José San-Bento onde assegurou que o Governo Regional sabe das dificuldades que “atravessam famílias e empresas” e tem tomado as medidas que tem sido possível. O socialista apontou depois os focos ao Governo da República que no seu entender são a causa de não se estar melhor do ponto de vista económico e social na região pois “as más politicas nacionais prejudicam as boas medidas regionais”.
Ao tomar a palavra para encerrar a sua declaração política Paulo Estevão negou-se a tecer “qualquer tipo de comentário” à intervenção de José San-Bento por este “vir dasjotinhas”, por ser “político de carreira” e nunca ter feito “nada da vida”.
Perante estas declarações Ana Luís, presidente da ALRAA, interrompeu o deputado do PPM e reuniu com os líderes das bancadas e das representações parlamentares. Com o recomeço do debate Paulo Estevão, que não apreciou lhe terem interrompido durante o seu uso da palavra, pediu à Presidente da ALRAA para “equacionar a sua permanência no cargo”.