“As pessoas não fazem a mínima ideia o que esta profissão representa em termos humanos”
Paulo Silva nasceu no Faial a 27 de fevereiro de 1969 e é dos instrutores de condução mais antigos do Faial. O primeiro contacto com a profissão foi aos 19 anos quando tirou carta de condução e os instrutores lhe deram formação. Foi também nessa altura que o pai decidiu adquirir uma escola de condução e lhe lançou o desafio para ser o instrutor de condução.
Desde muito novo que tem uma grande “paixão” pelos automóveis e desportos motorizados pelo que a proposta do seu pai para ficar à frente de uma escola de condução foi a cereja no topo do bolo. Instrutor de condução há 34 anos, já formou milhares de condutores no Faial. Paulo Silva lembra-se bem do início da sua atividade em que o Faial tinha muito menos automóveis.
“Nós subíamos a Espalamaca e raramente encontrávamos um carro”, revela.
Ao Tribuna das Ilhas o profissional adiantou que exerceu outras profissões e até recebeu convites para trabalhar noutras “áreas a fazer coisas de mais relevo”, mas foi nesta que encontrou a motivação para ir trabalhar à segunda-feira feliz “sem a tristeza de que tinha de ir trabalhar”.
Tribuna das Ilhas (TI) – Que motivos levaram à escolha desta profissão?
Paulo Silva (PS) – Esta atividade surge na minha vida um pouco por acaso. Eu trabalhava para no meu pai, na sua empresa.
A determinada altura este teve a oportunidade de através da sua empresa comprar uma escola de Condução. Como tinha a perfeita noção que eu gostava muito de automóveis perguntou-me se eu queria seguir essa atividade.
Nem pensei duas vezes. Como era uma coisa que gostava achei que era interessante e ainda, para mais ligada ao gosto que tinha e tenho pelos automóveis, embora esta seja uma vertente de ensino e obviamente a muito menos velocidade.
TI – Como teve contacto com a profissão?
PS – O primeiro contacto foi quando tirei carta, com os instrutores que me ensinaram a conduzir.
TI – Há quanto tempo desempenha estas funções?
PS – Desde os 19 anos. Comecei muito cedo. Tenho 53 anos, vai fazer este ano 34 anos que exerço a profissão de instrutor de condução.
TI – Que formações tem nesta área?
PS – Para além da formação de instrutor, infelizmente temos reciclagens bastante violentas de cinco em cinco anos e todas as formações necessárias desde instrutor de mecânica a diretor. Há uma série de formações, todas normais e que é suporto ter para quem está nesta área.
TI – No seu entender o que é preciso para ser um bom instrutor de condução?
PS – Eu acho que é preciso muita paciência. Perceber um pouquinho de psicologia, mas acima de tudo ter muita calma e paciência porque as pessoas são muito vulneráveis quando estão expostas a este tipo de atividades. Uns têm mais aptidões e facilidade do que outros de aprendizagem e coordenação.
Para mim a chave para ser um bom instrutor é ser paciente, calmo e tentar entender as dificuldades e ansiedades de cada pessoa.
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