Proposta do PPM para criação de Seleções Desportivas Açorianas rejeitada

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Foi rejeitada a proposta do Partido Popular Monárquico que visava a criação de seleções desportivas.

 

Na sua proposta Paulo Estevão frisou que “a criação de seleções desportivas açorianas constitui um passo decisivo no sentido da afirmação dos Açores como agente autónomo no panorama internacional. Com a criação das nossas seleções desportivas fortaleceremos o quadro simbólico da nossa autonomia e reforçaremos a unidade do Povo Açoriano.”

“A criação de seleções desportivas próprias, a competirem na Europa ou na América do Norte – dependerá das modalidades – proporcionará aos nossos atletas o acesso a quadros competitivos de grande qualidade e em nada afetará a integração dos nossos clubes e associações no desporto português, uma vez que a inscrição das associações açorianas nas federações desportivas internacionais não é incompatível com a manutenção da nossa integração no movimento associativo desportivo português e nas provas desportivas por ele organizadas. A manutenção dos quadros competitivos regional e nacional, acrescido da vertente internacional, dará ao desporto açoriano condições de enorme progresso competitivo” – defendeu o deputado monárquico. 

Luiz Fagundes Duarte, reconheceu a bondade desta iniciativa, mas frisou a discordância do Executivo sobre o assunto.

“O Governo entende que a criação de seleções desportivas não deve nem pode ser resultado de iniciativas dos órgãos de poder político, mas sim do movimento associativo – se e quando, no exercício da sua independência perante o poder político, entender que se encontram reunidas as condições para que tal aconteça”, disse.

“Nesta matéria, como de resto acontece com o funcionamento das associações e das federações das diversas modalidades desportivas, o Governo apenas intervém no cumprimento das suas responsabilidades em matéria de apoio financeiro e de garantia das condições logísticas para que os atletas açorianos, pratiquem eles modalidades individuais ou coletivas, possam participar em situação de igualdade de oportunidades com os seus congéneres nacionais”, acrescentou o Secretário Regional.

A integração de seleções desportivas regionais em competições internacionais, assume-se como “um desenquadramento em relação à nossa realidade social, assim como do próprio país, carregando um grande cariz ideológico que em nada beneficiaria o desporto na região, uma vez que não é a questão competitiva que está em causa, muito pelo contrário”, afirmou Lúcio Rodrigues.

Para Lúcio Rodrigues, “não é linear que todas as federações internacionais aceitassem a integração competitiva das seleções açorianas” e a “criação de seleções regionais implicaria a eventual não participação nacional, diminuindo claramente a qualidade competitiva”.

O deputado socialista destacou que “enveredar por esse caminho seria pôr em causa a posição de referência que o desporto açoriano já adquiriu, a nível nacional e internacional”, bem como o “atual regime jurídico de apoio ao movimento associativo desportivo”.

 

 

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