Proteção Civil faz balanço sobre mau tempo: mais de 6.200 ocorrências, 70 desalojados e dois mortos

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Mais de 6.200 ocorrências foram registadas em Portugal continental desde quarta-feira na sequência do mau tempo, que provocou até ao início da manhã de hoje 70 desalojados, dois mortos e um desaparecido, segundo a proteção civil.

Num balanço feito à agência Lusa cerca das 09:00, o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), explicou que foram registadas 6.237 ocorrências desde quarta-feira, com os distritos do Porto, Viseu e Lisboa a serem os mais afetados pelo mau tempo provocado pela passagem da depressão Elsa.

O responsável destacou como ocorrências principais as quedas de árvores, movimentos de terras, inundações e quedas de estruturas.

Foram ainda ativados o plano municipal de emergência da Mealhada e o plano distrital especial de cheias de Coimbra.

Entre as 00:00 e as 07:00 de hoje a proteção civil registou 353 ocorrências.

“Há um ligeiro desagravamento, porém as ocorrências irão aumentar durante o dia pois naquelas estradas onde as quedas de árvores não afetaram ninguém, de manhã, quando as pessoas começarem a sair de casa, vão encontrar obstruções”, afirmou Paulo Santos.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tem hoje sob aviso laranja (o segundo mais grave) doze distritos de Portugal continental e a costa norte da Madeira devido sobretudo à agitação marítima.

Leiria, Santarém e Portalegre estão sob aviso laranja também devido às previsões de precipitação forte, entre as 12:00 e as 15:00 nos dois primeiros casos e entre as 12:00 e as 18:00 no caso de Portalegre.

O IPMA alertou também para os efeitos de uma nova depressão, denominada Fabien, que atingirá Portugal no sábado, explicando que o Norte e o Centro serão as zonas do país mais afetadas, estando previstos intensos períodos de chuva e fortes rajadas de vento.

A nota do instituto refere ainda que haverá “vento forte de sudoeste”, prevendo-se que as rajadas atinjam valores de 90 quilómetros por hora no litoral norte e centro e 120 quilómetros por hora nas terras altas.

“A agitação marítima associada ao Fabien irá também fazer-se sentir na costa ocidental, em especial no litoral norte”, acrescenta.

Contudo, prevê-se que os efeitos da depressão Fabien não apresentem em Portugal continental a mesma intensidade do que os da tempestade Elsa, “em particular em termos de vento e com mais significado em termos de precipitação”.

O IPMA prevê uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.

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