Rede Europeia MeMoVolc reúne especialistas em França para avaliar técnicas de monitorização vulcânica

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Decorreu em Maio, em Clermont Ferrand (França), uma reunião patrocinada pelo Projeto MeMoVolc – Mesuring and Modeling  of Volcano eruption dynamics, sob os auspícios da Comissão Europeia e da European Science Foundation, que teve como objectivo juntar cientistas e especialistas em detecção remota, monitorização vulcânica e modelação de escoadas lávicas.

A detecção remota com recurso a imagens de satélite foi palco de enormes avanços nos últimos anos e a sua utilização na vigilância de vulcões activos, por exemplo na detecção de anomalias térmicas que podem anteceder ou acompanhar erupções vulcânicas, começa a ser comum. Paralelamente, tais técnicas têm sido aplicadas na modelação de alguns fenómenos eruptivos, designadamente na modelação da progressão de escoadas lávicas e na dispersão de cinzas vulcânicas. Neste contexto, trata-se de uma tecnologia com elevado potencial para a monitorização e acompanhamento de crises vulcânicas.

A reunião, que congregou peritos de França, Itália, Alemanha, Portugal, Reino Unido, Islândia, Suíça, Estados Unidos e Japão, permitiu determinar, numa perspectiva abrangente, as diversas abordagens que estão a ser desenvolvidas no âmbito da detecção remota e sua aplicação ao estudo dos vulcões. Dos trabalhos resultou a constituição de uma equipa multidisciplinar com vista ao estabelecimento de padrões que permitam uma integração eficaz entre as várias áreas da detecção remota, os respectivos produtos e a sua compatibilidade com as necessidades da monitorização vulcânica e com os requisitos para a modelação de erupções.

Segundo José Pacheco investigador do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos que representa Portugal no grupo de trabalho agora criado, “esta iniciativa estabelece novas pontes entre diferentes domínios científicos e abre um enorme potencial de evolução que se poderá refletir, a nível global, numa melhor capacidade de resposta a crises vulcânicas por parte das entidades de proteção civil”.  

 

 

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