Retalhos da nossa história – Governador Amâncio Pinheiro

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Nomeado a 13 de Julho de 1895 por João Franco, ministro do Reino, o Dr. Amâncio Rodolfo Pinheiro da Costa Ribeiro, chegou à Horta no paquete “Funchal” a 29 e iniciou funções de governador civil nesse mesmo dia. Apresentado como “cavalheiro bastante ilustrado e do mais fino trato”, o chefe do distrito teve a recebê-lo o seu antecessor, conselheiro José de Almeida Ávila, empregados do Governo Civil e outros funcionários públicos . 

Formado em Direito na Universidade de Coimbra, Amâncio Pinheiro era já um político experimentado que, naquele período turbulento da vida portuguesa, o Gabinete liderado por Hintze Ribeiro requisitava para vir pacificar as desavindas elites do distrito da Horta. Com efeito, desde que o Ultimato inglês a Portugal desencadeara uma sucessão de Ministérios, o Governo Civil conhecera, no espaço de cinco anos, três titulares, todos eles açorianos: Arriaga Nunes, Read Cabral e José de Almeida Ávila. E estes, por mais competentes e prestigiados que fossem, não conseguiram satisfazer nem o escol nem a esmagadora maioria do povo que padecia as agruras de uma vida tremendamente difícil.

A vinda de um político fora-parte, conhecedor dos meandros da administração pública portuguesa e adepto do partido regenerador que estava à frente dos destinos do país, acabou por ser uma solução acertada e satisfatória. 

No processo de escolha do Dr. Amâncio Pinheiro para primeiro magistrado do distrito da Horta teve, novamente, papel decisivo o Conde de Ávila que, assim, libertava o irmão José de Almeida Ávila daquele “fardo” e substituía-o por um político capaz de serenar os exaltados ânimos das populações e de credibilizar o desacreditado partido regenerador local. Vários testemunhos – onde se incluem algumas cartas do governador ao Conde de Ávila – confirmam o que dissemos. 

Assim, chegado em fins de Julho, logo o chefe do distrito se procurou inteirar do estado em que se encontravam os organismos administrativos, de saúde e assistência – visitando, entre outros, a Câmara Municipal, a Administração do Concelho, o Hospital da Santa Casa e os Asilos da Mendicidade e da Infância Desvalida – e indo de seguida à ilha do Pico com idêntico objectivo. (…)

Leia o artigo na íntegra na edição impressa do Tribuna das Ilhas de 08.06.2012 ou subscreva a assinatura digital do seu semanário

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