O Sindicato dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) propôs hoje a atribuição de um
acréscimo de 40 ou 50% do vencimento para os enfermeiros colocados em ilhas
carenciadas. Numa reunião com o secretário Regional da Saúde, Clélio Menezes, e o
diretor regional da Saúde, Berto Cabral, para discutir benefícios para estes profissionais, definiram-se dois grupos de ilhas. As carenciadas: Faial e Pico; e as especialmente carenciadas: Flores, Corvo, São Jorge, Graciosa e Santa Maria.
Discutiu-se um subsídio a atribuir a estes enfermeiros, outras condições compensatórias e duração destes benefícios. Um aspeto ficou desde já definido: os benefícios serão para os enfermeiros que venham a instalar-se nas ilhas referidas, mas existirá também algum tipo de incentivo para quem já se encontra a trabalhar nestes locais.
Na reunião, o coordenador do Sindepor nos Açores, Marco Medeiros, defendeu a
atribuição de um subsídio no valor de 50% do vencimento base de um enfermeiro em
início de carreira (1215 euros), no caso das ilhas especialmente carenciadas; montante
que passa a 40% nas ilhas carenciadas. O Sindepor comprometeu-se a formalizar esta
proposta até 10 de setembro próximo, sendo expectável atingir um acordo sobre a
mesma até ao final do próximo mês.
Além dos incentivos para as ilhas carenciadas, ficou também estabelecido nesta
reunião que os enfermeiros especialistas açorianos vão receber um acréscimo remuneratório que será pago todos os meses e de forma permanente. Ainda não ficou definido o valor a receber por estes profissionais, mas o pagamento deste suplemento
é já uma certeza.
O Sindepor abordou também os atrasos na concretização do processo, em curso, de
descongelamento de carreiras de enfermeiros, progressões e retroativos. Clélio Menezes contrapôs a complexidade do processo, mas deixou também a garantia de que o mesmo é para concretizar na totalidade.