Trabalhadores dos portos do Triângulo e Grupo Ocidental anunciam nova greve

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Os trabalhadores da Direcção Geral dos Portos do Triângulo e Grupo Ocidental (DGPTO) da Portos dos Açores vão parar entre os dias 23 e 27 de Abril e entre os dias 1 e 3 de Maio se a empresa não abrir espaço a negociações para que seja aberto um processo de revisão das condições de prestação de trabalho naquela Direcção Geral. Os trabalhadores defendem que esta é a única forma de anular o que entendem ser a discriminação de que são alvo face aos restantes funcionários da Portos dos Açores. O anúncio foi feito pelo Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores (STFPSA) após um plenário realizado na tarde de ontem.

Depois da paralisação de duas horas diárias durante três dias consecutivos no passado mês de Maio, os trabalhadores da DGPTO avançam agora para medidas mais drásticas. O STFPSA já entregou um Aviso Prévio de Greve para uma paralisação entre os dias 23 e 27 de Abril e, caso as suas reivindicações não sejam escutadas, prometem nova greve entre os dias 1 e 3 de Maio.

Como recordou João Decq Mota, do STFPSA, os trabalhadores lutam pela abertura “com a maior urgência”, de um “processo de revisão das condições de prestação de trabalho na DGPTO”, com vista à uniformização dessas mesmas condições em todas as áreas da Portos dos Açores. Os trabalhadores da DGPTO queixam-se de discriminação em relação aos colegas das restantes ilhas, principalmente no que diz respeito aos critérios nas classificações laborais e na aplicação do regime de Isenção de Horário de Trabalho, e entendem que neste momento estão a ser desvalorizados “importantes e decisivos sectores da empresa”, como é o caso da Marina da Horta.

Estas novas greves surgem, de acordo com João Decq Mota, na sequência do “pesado silêncio” com que a Administração da Portos dos Açores e o Governo Regional têm respondido às reivindicações dos trabalhadores.

 Ambas as paralisações acontecem no período que compreende a passagem semanal do navio de transporte de mercadorias pela Horta. Além disso, de acordo com o sindicalista, irão também afectar a passagem de três navios de cruzeiro pelo Faial.

Os trabalhadores garantem, no entanto, desmobilizar a greve caso a Portos dos Açores se disponibilize a negociar. Caso isso não aconteça, o STFPSA promete formas de luta ainda mais drásticas, situação que pode limitar consideravelmente a actividade no Porto da Horta, numa altura de grande movimento nesta infra-estrutura, com a chegada de muitos iates.

Exemplo disso é a ausência de critérios uniformes de procedimento em relação aos trabalhadores, quer no que toca a classificações laborais, quer no que respeita à aplicação do regime de Isenção de Horário de Trabalho (IHT). O sindicato entende também haver uma “desvalorização clara e absurda da Marina da Horta”, que tem uma “chefia desvalorizada”, um quadro de pessoal insuficiente e trabalhadores a quem é negada “a justa e indispensável reclassificação”.

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