Uma SATA “preparada para os desafios do futuro” é o que quer Vítor Fraga

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O Secretário Regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga, afirmou, no passado dia 9 de janeiro, que o Plano Estratégico da SATA para o quinquénio 2015-2020 permite à transportadora açoriana estar preparada para os desafios futuros, num cenário de concorrência a que a companhia não estava habituada.

 O Plano, na perspetiva do responsável pelo Turismo e Transportes, “dá garantia de termos uma empresa preparada para os desafios do futuro, para atuar num novo ecossistema que está à porta, em que a concorrência será presente numa componente muito importante da sua atuação”.

 Em declarações posteriores à apresentação do documento à Comissão de Economia da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Vítor Fraga afirmou que, “as nossas disposições relativas ao grupo SATA querem garantir que a transportadora aérea seja uma empresa que esteja preparada para prestar um serviço de qualidade a todos os açorianos e que preserve os seus postos de trabalho”.

 O governante socialista frisou ainda que a reorganização societária da SATA permitirá dotar a empresa “de todos os mecanismo que permitem uma maior flexibilidade”, acrescentando que com isso se poderão explorar de forma mais efetiva “todas as oportunidades de negócio que possam surgir e que advêm da entrada do novo modelo de acessibilidades à Região e que possa dar uma resposta efetiva às reais necessidades de mobilidade e de acessibilidade de todos os Açorianos”.

Também Francisco César, Presidente da Comissão permanente de Economia na ALRAA e Vice-presidente do grupo parlamentar do PS, se pronuncio relativamente a este plano, adjetivando-o de “ambicioso e corajoso”.

Com as circunstâncias diferentes trazidas pela liberalização das rotas e espaço aéreo açoriano impunha-se um plano para “resolver os problemas que o futuro irá colocar à SATA, não para resolver questões do passado. Este plano serve para adequar, para ter uma SATA preparada, competitiva e que sirva os Açores nas suas acessibilidades e nos fluxos de que necessitam no futuro” reforçou Francisco César.

O Presidente da Comissão de Economia afirmou ainda que a “restruturação será feita com os trabalhadores e não contra os trabalhadores, uma vez que nenhum dos trabalhadores com vínculo permanente na SATA sairá prejudicado com esta restruturação; o PS foi o único partido nesta comissão que se preocupou com a questão dos trabalhadores”.

“Há um ajustamento da estrutura de ação da SATA, com os mercados europeus a deixarem de ser a prioridade da companhia e com reposicionamento do seu plano de negócios para o mercado americano, um mercado onde nós já temos uma forte presença e onde ela deve ser reforçada”, concluiu o deputado.

Principais mudanças na SATA

O Plano Estratégico SATA 2015-2020 apresenta três pontos fundamentais, sendo estes a melhoria operacional e comercial, a reestruturação financeira e renovação da frota bem como a criação de um novo modelo corporativo. 

 Nos cinco anos abrangidos pelo Plano Estratégico, apresentado nos últimos dias pelo Governo Regional, pretende-se que a SATA foque as suas rotas nos Açores e Portugal Continental, América do Norte e Macaronésia ( composto além dos Açores pela Madeira, Ilhas Canária e Cabo Verde).

A parte orientadora da reestruturação financeira aponta para o desenho de uma solução de financiamento global do passivo financeira das diversas subsidiárias do Grupo SATA. O processo contará com a renegociação das condições de financiamento com as entidades financeiras, a recuperação de saldos com grande antiguidade e a indexação do pagamento da dívida financeira aos cash flows gerados pelas ramificações do grupo.

 A desatualização da frota, quanto aos padrões de qualidade de serviço  que a companhia quer oferecer, vai levar a que haja uma renovação das aeronaves de longo curso da SATA Internacional, assumindo-se a compra de aviões com capacidades individuais entre os 250 e os 300 lugares por avião.

Além da renovação da frota a própria SATA Internacional vai ver o seu nome ser alterado. Daqui a poucos meses será a Azores Airlines a responsável pelos voos de médio e longo curso para o Continente Português, América do Norte e para as regiões membro da Macaronésia. As representações comerciais nos Estados Unidos da América e no Canadá terão designações individualizadas, Azores Airlines America e Azores Airlines Canada, respetivamente. O transporte inter ilhas nos Açores continuará a ser da responsabilidade da SATA Air Açores.

No que concerne ao modelo corporativo o Plano prevê a alteração na estrutura de participações sociais, pretendendo com isto dotar a SATA SGPS de funções diretas de estratégia e controlo sobre todas as subsidiários do grupo.

A SATA Serviços fica responsável pelos serviços em terra, como o handling e a gestão das lojas do grupo. Vai ser também criada a SATA Serviços Partilhados, direcionada para os recursos humanos de estrutura e backoffice, pretendendo com isto aumentar-se a produtividade e a redução de custos administrativos, por exemplo.

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