1.ª Sessão do Projeto Mare Nostrum debate Mar: Inovação e Empreendedorismo – José Leonardo defende que Plataformas logísticas não beneficiam empresários do Triângulo

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Decorreu na passada quinta feira, no Banco de Artistas (antigo Banco de Portugal), a 1.ª Sessão do Projeto Mare Nostrum, da Câmara Municipal da Horta (CMH), subordinado ao tema Mar: Inovação e Empreendedorismo.

No discurso de abertura desta 1.ª sessão José Leonardo Silva, considerou  que estes encontros servem para refletir sobre todos os assuntos do Mar e a este respeito lembrou que as plataformas logísticas, também se inserem nas questões do mar.

Neste contexto o presidente da CMH, salientou que é “em espaços de reflexão como este que devemos reforçar a reflexão sobre o próprio modelo de transporte marítimo de mercadorias”, revelando  que “não está demonstrado que a criação de plataformas logísticas nas ilhas de São Miguel e da Terceira, possa na verdade trazer mais-valias para a maioria dos empresários, em especial os do Triângulo”, disse o presidente.

Mare Nostrum é um programa municipal que tem por objetivo promover a discussão entre vários intervenientes das áreas do Mar, desde a Inovação, ao Empreendedorismo, do Desporto, ao Turismo, passando pela Gastronomia, entre outras áreas, abordando estratégias, instrumentos, projetos e potencialidades ligados à Economia do Mar.

Assim, foram convidados a participar nesta 1.ª sessão várias personalidades que estão diariamente ligadas ao mar, nomeadamente Hélder Silva diretor do Departamento de Oceanografia e Pescas e do Imar- Instituto do Mar, Raúl Bettencourt, CEO da SEAZYME, Eduardo Isidro, responsável pelo laboratório experimental de Aquicultura – Aqualab, Gui Menezes, CEO da FishMetrics, Paulo Carreiro, diretor do Departamento do Desenvolvimento Empresarial, SDEA e Carlos Morais representante da Câmara do Comércio e Indústria da Horta.

José Leonardo Silva, considerou esta 1.ª sessão como “o ponto de partida para a criação de um pensamento comum, em torno da política municipal para o Mar”, na medida em que, no seu entender, “qualquer intervenção nesta área, deverá necessariamente envolver agentes públicos e privados”, no sentido de em conjunto fazer uma reflexão “em torno das preocupações e objetivos para uma área, de si tão vasta, mas com um potencial enorme, ainda por descobrir”, disse.

Para o autarca o Mare Nostrum, enquanto espaço de promoção, partilha e reflexão, deverá contribuir para o reforço e aprofundamento do conceito que é atribuído à Horta Cidade-Mar.

“Uma coisa é certa, os faialenses têm demonstrado claramente que desejam uma cidade revitalizada razão pela qual temos trabalhado, de forma empenhada, no projeto de requalificação da frente mar”, afirmou o presidente.

No entender do edil, “uma Cidade-Mar não deverá ser apenas uma cidade que promove e vende o Turismo Náutico”, lembrando a este respeito que “a cidade da Horta é já uma referência na área da investigação marinha, graças ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo DOP”.

Sobre este assunto, José Leonardo, defendeu a tripolaridade da Universidade dos Açores e a importância de criar uma licenciatura nas Ciências do Mar. Neste contexto, reforçou o edil que “faz todo o sentido que aqui se promova uma licenciatura nas Ciências do Mar, numa perspetiva, também do surgimento de novas profissões nesta área”.

Segundo o presidente a Cidade-Mar dos Açores deve preocupar-se em projetar um pensamento estratégico futuro, de forma a partilhar e divulgar, novas áreas de intervenção pública e privada, nomeadamente no que aos transportes, pesca, recursos da pesca, indústria de pescado, energia e biotecnologia, diz respeito.

No entender do autarca, “todas estas áreas sintetizam o conceito de economia do mar que, a partir desta sessão e, ao longo do presente mandato, pretendemos incutir no projeto Mare Nostrum, por acreditarmos que esta área é uma área de futuro para a ilha do Faial e para os Açores, e o Município”, revelou.

O Mare Nostrum, foi apresentado, no passado dia 3 de setembro e é desenvolvido pelo pelouro municipal “Mar, Empreendedorismo e Inovação”.

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