A minha professora

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    Teresa Eduina de Freitas Amaral foi minha professora. A professora Teresa Amaral, é natural da freguesia dos Cedros, da ilha do Faial, completou o seu curso na Escola do Magistério Primário da Horta, em 1956, onde durante alguns anos mais tarde chegou a estar destacada, lecionou em várias escolas do Faial, tendo passado à situação de aposentada no final de 1992.
    Quando entrei para a Escola da Matriz-Conceição, na rua Advogado Graça – na altura havia mais duas escolas, uma na Alameda Barão de Roches (mais conhecida por rua das Árvores e próxima do Teatro Faialense) e outra, a Coronel Silva Leal (próxima da Praça da República), esta última só feminina – no já distante ano de cinquenta e sete. Tive como primeiro professor o competente, mas temido pela rapaziada, professor Tristão, mais tarde o professor Rodrigues e, durante vários meses, como professora agregada interina, também a D.Teresa.
    Nunca fui um aluno brilhante, mas lá concluí sem qualquer repetição de ano a 4ª classe, levando algumas reguadas de quando em vez. Recordo que o professor Rodrigues quando queria aplicar um castigo, por regra na palma da mão, dizia cantarolando “a tia mariquinhas vai cantar e lá vai disto…”.
    Num tempo em que os professores eram, por regra, mais austeros (particularmente o professor Tristão), a chegada da professora Teresinha – no decurso da 2ª classe – mais jovem, mais tolerante e que transmitia uma energia que me ajudou a melhorar o gosto por estar na escola.
    Recordo vê-la a subir ou a descer a rua da Escola, com a sua jovialidade e alegria na companhia do seu namorado, Carlos Ramos da Silveira, com quem mais tarde celebrou matrimónio.
    Em 2007 ocorreu o cinquentenário dos alunos matriculados na Escola da Matriz – Conceição no ano de 1957, nos quais me incluo. Por iniciativa do Jorge Ângelo, radicado no continente, e para celebrar essa data, organizamos um jantar convívio com vários colegas da altura e recordamos alguns daqueles que, pela lei da vida, já não se encontravam entre nós. Mas um dos momentos mais simbólicos e marcantes dessa celebração foi a visita que fizemos, na sua própria casa, à nossa professora D. Teresinha que nos recebeu com a sua habitual cordialidade, boa disposição e amizade, a quem oferecemos um modesto Diploma comemorativo com uma dedicatória e assinado por vários dos seus ex-alunos.
    Pelo tempo fora a D. Teresinha, como é habitualmente por todos tratada, sempre teve e tem para comigo um simpático cumprimento e uma palavra amiga, o que registo com grande apreço e muita consideração.
    Sei que a D. Teresinha tem acompanhado sempre de perto o meu percurso de vida, tanto pessoal como dos vários cargos profissionais ou políticos que tenho desempenhado ou desempenho, e por isso me sinto grato.
    Enquanto presidente da Junta de Freguesia da Matriz, aquando das sessões solenes comemorativas do “Dia da Freguesia”, ou da realização de outros eventos, sempre tive a honra de contar com a sua estimada presença e de no final desses momentos receber, com enorme reconhecimento e alguma emoção, o seu carinhoso cumprimento com palavras de amizade e de estímulo.
    A D. Teresinha, que foi minha professora, merece-me o maior respeito, admiração e gratidão não sópelo que me ensinou, mas também pela sua permanente amizade.
    Sinto-me feliz por continuar a poder cumprimentá-la e por poder conviver com a minha professora. E fico imensamente grato por saber que conto com sua amizade.
    Um bem-haja, D. Teresinha.

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