MANUEL LEONARDO HOMEM, IVO CORREIA E MANUEL GARCIA BORGES PERCORRERAM A EUROPA DE MOTA
Não foi aos comandos de nenhuma 125 azul, nem sem destino nenhum, que Ivo Correia, Manuel Leonardo Homem e Manuel Garcia Borges se lançaram à aventura de percorrer a Europa de mota. No entanto, a célebre canção dos Trovante podia, em alguns aspectos, ser a banda sonora desta aventura. Com “passaporte para sonhar”, os três faialenses não pensaram na desgraça, mas sim na possibilidade de concretizar um desejo comum, e, no dia 26 de Junho, arrancaram de Lisboa para aquela que ficará guardada nas suas memórias como a viagem de uma vida. Um mês e 10 países europeus depois regressaram com muitas histórias para contar, e com a vontade de, um dia, repetir a proeza.
Tribuna das Ilhas esteve à conversa com os três motociclistas, para saber mais sobre esta aventura.
O gosto pelas duas rodas é comum aos três empresários faialenses praticamente desde o berço. Ivo Correia recorda os seus tempos de ciclista, entendendo que a passagem do gosto das bicicletas para as motas foi “um saltinho”. Também Leonardo Homem confessa que começou a andar de bicicleta “quase quando ainda gatinhava”. Com 12 anos ganhou o gosto pelas motas, e, tal como sucedeu com Manuel Borges, o bichinho ficou.
Ivo Correia confessa que o seu sonho inicial era percorrer a Europa de bicicleta. No entanto, com o passar dos anos esse objectivo ficou para trás, e, mais recentemente, reformulou o sonho, substituindo o meio de transporte. “Comecei a pensar ir de mota, fui falando com alguns amigos, mas apesar de acharem graça não alinhavam”, conta. Um dia, partilhou a ideia com Leonardo Homem, e descobriu que a viagem em causa era um sonho antigo do empresário. Este já tinha falado no assunto a Manuel Borges, que se tinha comprometido a acompanhá-lo, quando a oportunidade surgisse. O trio estava assim reunido, e, sem mais demoras, porque “não se deve deixar par amanhã o que se pode fazer hoje”, a planificação da viagem começou.
A organização esteve a cargo de Leonardo Homem, responsável pela elaboração do percurso. “Ninguém se meta nestas coisas sem estudar bem aquilo que pretende fazer”, avisa, destacando a importância da preparação da viagem. Assim, montou um verdadeiro dossier, com mapas de todos os países e cidades por onde iriam passar, tendo contado com a ajuda da “patroa”, como confessa, para essa tarefa. Os preparativos incluíram a montagem de um GPS na mota, que no entanto pregou uma partida aos viajantes, ao deixar de funcionar já após estarem “mal habituados” às facilidades da tecnologia.
As motas e parte da bagagem seguiram de barco para Lisboa, e, no dia 26 de Junho, com as bandeiras dos Açores e de Portugal como companheiras de viagem, saíram da capital portuguesa para viver a aventura das suas vidas.
Passaram por Fátima e pernoitaram no Norte, e no dia seguinte partiram à descoberta da Europa. Passaram por Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, República Checa, Áustria, Itália e Mónaco, tendo regressado a Portugal no dia 25 de Julho, depois de percorrerem quase 14 mil km, esgotados mas muito felizes, e com um sonho realizado.
Leia a reportagem completa na edição impressa do Tribuna das Ilhas de 24.09.2010
