Açores em Tópicos

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DR/TI
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Romeiros
Em tempo de Quaresma, os Romeiros aí estão a percorrer a pé e a orar, visitando Igrejas e Santuários.
Mais particularmente, e por antiga tradição, a ilha maior de S. Miguel, num verdadeiro exemplo de religiosidade.
Há uma década, o Santuário de Nª Sª da Conceição de Angra do Heroísmo, de que é reitor o Cónego Dolores, restaurou a Romaria de Fé popular sendo já dalgumas dezenas que terceirenses também com bordão e terço percorrem a Ilha de Jesus Cristo.
E este ano, pela oitavava vez, um Rancho feminino volta a percorrer o Norte da Ilha.
Também a Ilha da Graciosa, pequena em tamanho, mas grande em Fé, já tem um rancho.
Além dos 51 de São Miguel, os Açores têm, presentemente 54 ranchos de Romeiros.
Aliás, um excepcional movimento de Fé a crescer no século 21, merecedor de ser copiado nas outras ilhas, mostrando assim que a sua Fé não fique apenas na Procissão do Santo Padroeiro, mas que seja vista em toda a Ilha.

Graciosense / Faialense
Por feliz acaso, sintonizei a “Antena 1 Açores” e eis que ouço o nome do Dr. Rui Dores, o que me fez parar…
Tratava-se do programa “Grande Entrevista” do Dr. Armando Mendes.
Naturalmente que o segui com interesse já que o “Falar açoriano” é assunto de que muito gosto quiçá após ter lido os livros do Dr. José Machado Serpa “Falar das nossas gentes” e da Dr.ª Olimpia Soares Faria “O Nosso Falar Ilhéu”.
Quanto a divergências sobre o falar micaelense, referidas pelo entrevistado, ouso algo dizer, visando apenas dar pequeno contributo.
Em meados de 1944 estava em Évora, prestando serviço militar no RAL 1, e uma vez houve que, em viagem para Lisboa, o comboio parou em Casa Branca e entraram passageiros falando com sotaque semelhante ao micaelense.
Embora, então avesso a conversas, não resisti: e perguntei se eram açorianos? Como resposta, disseram serem duma localidade mais a sul cujo nome esqueci.
Mas um caso: na Ilha Verde existe: a freguesia “Além Capelas”, designação que julgo ser de influência francesa.
Duma forma ou outra, fiquei, porém, mais esclarecido e até mais rico sobre o “Falar açoriano” após a pormenorizada exposição do Graciosense / Faialense.
O Dr. Victor Rui Dores é um ilustrado cidadão açoriano que escolheu a minha terra para exercer o seu profícuo múnus no Liceu Manuel de Arriaga e nela se radicou, casando com Dama faialense.
E na Ilha Azul vem pondo a render os dons de Deus recebidos: Professor liceal, poeta, escritor, jornalista, amador teatral, a fazer-nos lembrar de Gabriel Simas, Osório Goulart, Florêncio Terra, Raul Xavier, Joaquim Viana, personalidades, que conheci, como agora também tenho a oportunidade de conhecer o graciosense em apreço com quem sempre falava quando ia à Horta.
Presentemente, em cadeira de rodas, vou seguindo a sua intensa e apaixonada actividade pela Rádio, Imprensa e Televisão.
Arriscando cair na velha história dos compadres, aliás somos apenas amigos, acrescentamos mais umas linhas: Aquando do Centenário do Fayal Sport em que me honrou com a sua presença no lançamento de “Aguenta Verdos” publicando depois no “Tribuna das Ilhas” uma apreciada referência que jamais esquecerei pois foi lida também com os meus olhos da Memória, parafraseando as últimas palavras no escrito em referência de Rui Dores.

Mar e Açores
Com o slogan “Ouvir Portugal” do Norte a Sul, e as Ilhas dos Açores e da Madeira, os centristas estiveram, no Domingo, 19 de Março, deste ano, na Cidade da Praia da Vitória, onde promoveram uma Conferência, em que o tema foi o Mar.
Foram oradores João Gonçalves, Investigador do DOP e Manuel Pinto Abreu, ex-Secretário de Estado do Mar, do Governo PSD e CDS.
O primeiro “defendeu que a investigação sobre o Mar deve ser no Arquipélago e não em Lisboa” aliás, uma pecha muito antiga em tudo centralizar no Terreiro do Paço, e infelizmente copiada pelo executivo açórico.
E salientou que Portugal poderia vir a ter uma ZEE de cerca de “90% do Mar da União Europeia”
Por sua vez. Pinto Abreu lembrou que “a última Estratégia Nacional para o Mar, identifica programas, calendários, financiamento e responsáveis, mas é preciso dar-lhe seguimento, inclusivamente na exploração dos fundos marinhos”.
E concluiu: “Usar a precaução para nada fazer é condenar tudo ao fracasso”.
Foi, na verdade, uma oportuna iniciativa do CDS liderada por Assunção Cristas e que achamos merecedora de ser conhecida pelos leitores do “Tribuna” tendo, para este Tópico, recorrido à boa cobertura feita pelo “D.I”.
Naturalmente que o último a falar foi Artur Lima, Presidente do CDS-A.

À margem
Por sinal, soubemos que o evento relatado, só não foi realizado na Cidade-Mar, como se impunha, devido a deficiente acessibilidade aérea.
Mais uma vez, de tantas, a Horta foi deveras prejudicada em consequência da má Governança açoriana.

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DR

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