Aniversário de Falecimento – Maria Simas na visão da família e amigos

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No âmbito do primeiro ano de falecimento, foi realizada uma sessão de homenagem a Maria Simas Cardoso, onde amigos e família enalteceram todos os seus feitos e deram testemunho da sua vida.
Maria Simas, nasceu na freguesia da Conceição na Horta, em 1929, e frequentou a Escola do Magistério Primário da Horta (EMPH) até 1950.
Lecionou as disciplinas de Didática Especial, Legislação e Administração Escolar no EMPH durante 20 anos, até que em 1978 assumiu as funções de diretora até ao seu encerramento no ano de 1989.
Durante anos lutou pela continuação da Formação de Professores na Horta, tornando-se responsável pelo Centro Integrado de Formação de Professores (CIFOP), que lhe permitiu negociar a extensão do ensino da Universidade Aberta à Horta. Foi também responsável pela preservação do património da EMPH, que graças à sua persistência se encontra disponível na Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta.

Decorreu esta terça-feira, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, a sessão de homenagem à Professora Maria Simas Cardoso, naquele que foi o primeiro aniversário do seu falecimento.
Esta iniciativa nasceu da necessidade de Artur Teodoro de Matos de que a professora fosse lembrada pelas presentes e futuras gerações, tendo sido formada, com o apoio da Associação de Antigos Alunos do Liceu da Horta (AAALH), uma comissão organizadora constituída por Artur Teodoro de Matos, Rosa Goulart, Fernanda Trancoso e Delfina Porto.
A sessão de abertura contou com intervenções do presidente da AAALH, do impulsionador desta iniciativa e do presidente da Câmara Municipal da Horta, assim como com uma palestra de Cândido Varela de Freitas que refletiu sobre a história do ensino em Portugal e o seu presente e futuro.
“Um grupo de amigos e discípulos de Maria Simas entenderam realizar esta sessão de homenagem que mais não é do que um preito de gratidão a quem sempre se dedicou à causa da formação do ensino primário nesta sua ilha por amor a uma causa que defendeu até nos deixar, a da educação”, explicou Artur Matos na sua intervenção.
Segundo afirmou o professor, a homenageada soube ainda “acautelar o enorme espólio gerado ao longo de dezenas e dezenas de anos nesta ilha do Faial”, que tem hoje uma grande importância para a história do ensino nos Açores.
“Maria Simas, bem preparada científica e pedagogicamente, sempre se envolveu de corpo e alma nas questões educativas das escolas por onde passou e que tão bem conhecia”, elogiou.
Artur Matos reconheceu ainda os contributos dos participantes desta iniciativa que são repositórios dourados sobre a vida de Maria Simas, agradecendo também à sua família por permitir que esta homenagem se concretizasse e ao presidente da CMH que pela sua presença demonstra “publicamente o apreço por Maria Simas que é dizer pelas questões educativas da ilhas”.
O historiador exprimiu ainda o desejo de que “o nome de Maria Simas possa ser perpetuado em qualquer lugar ou instituição desta cidade para consolo dos presentes e memória dos futuros”.
Por sua vez, também o presidente da CMH frisou a importância que a professora teve para a ilha “pelo relevante papel que teve ao nível da formação e do desenvolvimento do ensino profissionalizante”.
José Leonardo Silva, salientou o facto de que “a aquisição de conhecimentos é fundamental para o nosso crescimento enquanto pessoas e enquanto profissionais das mais variadas áreas”, frisando que “mais importante do que o conhecimento é ter orgulho no que somos, no que construímos e nas capacidades que somos capazes de colocar ao serviço dos outros”.
Para o edil, esta sessão de homenagem “vem recordar-nos que a nossa missão nunca termina”, como é exemplo Maria Simas que “marcou a vida dos seus alunos” e sempre lutou pela educação.
O presidente do executivo camarário lembrou ainda que todo o esforço da homenageada foi lhe reconhecido ainda em vida com as distinções realizadas em 1996 pela CMH e em 2013 pela ALRAA.
“Estas referências vêm justamente relembrar-nos que temos de saber desempenhar bem o nosso papel e ter gosto em desempenhar bem o nosso trabalho no nosso dia a dia. Só assim podemos almejar um dia o reconhecimento daqueles que nos percebem tal como hoje em relação à professora Maria Simas”, sustentou José Leonardo.
O presidente concluiu a sua intervenção esperando que “a memória da professora Maria Simas sirva de exemplo para todos nós fazermos mais e melhor todos os dias”.
Seguiu-se à sessão de abertura uma visita à Mostra Biográfica da Maria Simas e uma sessão de testemunhos e de leitura de mensagens de amigos, colegas e antigos alunos. Deram os seus testemunhos Filipe Simas Mesquita, Rosa Maria Silveira, Lúcia Serpa, Heitor Humberto Silva, Fernanda Trancoso, Lídia Garcia Pombo e Artur Teodoro de Matos.
A iniciativa integrou também comunicações por Rosa Goulart, Carlos Lobão e Delfina Porto, bem como a interpretação do poema “Ser Professor” por Lídia Garcia e a palestra do Secretário Regional da Educação e Cultura, Avelino de Freitas Meneses.
A iniciativa contou com o apoio da Secretaria Regional da Educação e Cultura, da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, do Museu da Horta, da UniSénior, da A Padaria e da família da falecida.

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