Apneia, desporto de nicho com direito a campeonato nacional na Horta

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É um dos desportos fora do núcleo dos mais praticados a nível mundial. Apneia, palavra de origem grega,  a-pnoia, significa sem respiração, e é utilizada para referir-se a uma especialidade desportiva, a imersão na água sem recorrer a um equipamento autónomo de respiração.

A cidade da Horta vai receber nos próximos dias 5 e 6 de junho o campeonato nacional de Apneia Indoor, a decorrer na Piscina Municipal.

Esta modalidade divide-se em duas vertentes: a indoor, praticada em piscina, e outdoor, em mar aberto. Na indoor deparamo-nos com as disciplinas de apneia estática e as dinâmicas com e sem barbatanas, no mar as de imersão livre, peso constante e peso variável regulamentado.

Por cá, o Clube Naval da Horta (CNH) tem-se assumido como impulsionador nato desta modalidade quer na nível regional quer nacional. As 21 inscrições conseguidas para esta prova são um bom augúrio para a apneia pois no último campeonato nacional neste moldes apenas participaram 11 atletas.

Falamos com Paulo Nóbrega, faialense de coração mas não de nascimento, um ex-recordista nacional e ex-campeão nacional que tem hoje 45 anos e quer mostrar o que vale nos próximos dias 5 e 6 de junho. Este propulsor da apneia foi campeão nacional indoor em estática e nas dinâmicas com e sem barbatanas e no mar aberto nas disciplinas de peso variável e de imersão livre.

Pratica esta modalidade há mais de 30 anos. Iniciou-se aos 13 anos por fazer caça submarina, tendo começado na apneia desportiva em 2002.

Desde então o suster a respiração imerso passou a ser parte indissociável da sua vida.

O gosto de estar dentro de água é a  génese desta paixão de décadas. “Descobri aqui uma outra forma de fazer aquilo que gosto, inicialmente foi uma forma de desenvolver as minhas capacidades de mergulho para caça submarina”, contou Paulo Nóbrega.

“Há medida que vamos desenvolvendo a atividade de apneia desportiva pura vamos conseguindo ultrapassar os nossos próprios limites, ao fim ao cabo esse é um dos aliciantes deste desporto: podermos tentar ultrapassar os nossos próprios limites”, afirmou o ex-campeão nacional.

A concentração que conduz ao relaxe surge como necessidade básica para uma boa prestação, sendo vista por Nóbrega como o “segredo basilar”, pois ao relaxar reduz-se o ritmo cardíaco e o consumo de oxigénio.
Leia a versão completa na edição impressa do Tribuna das Ilhas de 29 de maio

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