O Bloco de Esquerda defende que a comissão de inquérito à gestão da SATA proposta pelos partidos de direita tem que abranger também os anos da responsabilidade do atual governo, caso contrário, PSD, CDS, PPM, IL e CH estarão descaradamente a querer esconder o que este governo está a fazer na SATA.
Os partidos que suportam o governo – PSD, CDS, PPM, IL e CH – entregaram hoje uma proposta para a constituição de uma Comissão de inquérito à gestão da SATA entre os anos de 2013 e 2019, deixando propositadamente de fora do âmbito dos trabalhos desta comissão todos os anos referentes à gestão do atual governo.
O Bloco de Esquerda desafia a direita a alterar a sua proposta – que será votada ainda esta semana no parlamento – para que a comissão de inquérito abranja também a gestão da SATA a partir de 2020, com o atual governo em funções.
Entretanto, o Bloco de Esquerda entregou no parlamento uma proposta para a constituição de uma comissão de inquérito com os mesmos objetivos, mas referentes aos de 2020 a 2022. No entanto, a proposta só poderá ser votada no plenário do próximo mês de junho.
Se PSD, CDS, PPM, IL e CH alterarem a sua proposta de modo a abranger também os anos que coincidem com a atual legislatura, mostram que têm o objetivo de fazer um trabalho sério de investigação à gestão financeira da SATA, ao seu funcionamento e à atuação dos vários governos regionais – independentemente dos partidos que os integraram.
Se estes partidos mantiverem a intenção de abranger apenas os anos de 2013 a 2019, provam que querem apenas um ajuste de contas partidário e demonstram que têm medo que a comissão de inquérito investigue e analise a atuação do atual governo em relação à SATA.
O Bloco de Esquerda não se irá opor à constituição de uma comissão de inquérito à gestão da SATA de 2013 a 2019, mas considera que a importância da SATA para os Açores exige total transparência neste processo e que isso só será possível com uma comissão de inquérito que abranja também os anos de 2020 a 2022.