Bodas de Prata celebradas pelo Grupo Desportivo da Feteira

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O Grupo Desportivo da Feteira (GDF) está de parabéns. O clube do sul da ilha comemorou os seus 25 anos a 20 de abril, momento assinalado com diversas iniciativas ao longos dos dias que precederam o culminar das comemorações, com uma sessão solene na sua sede social.

Fundado a 20 de abril de 1990, o GDF possui um palmarés vasto mas modesto. Durante anos o Campo das Canadinhas, agora paredes-meias com a Variante, enchia-se de feteirenses para verem jogar, e apoiar acerrimamente, os seus filhos, familiares e amigos que preenchiam as fileiras futebolísticas dos encarnados.

Atualmente o cenário é em tudo diferente. O terreno que alberga a sede social, os balneários e o campo das Caninhas, cedido pela Câmara Municipal da Horta na década de noventa, já conheceu melhores dias. Agora, sem qualquer escalão em futebol e com o futsal feminino e masculino extinto, a aposta recai somente no ciclismo, onde os escalões de formação têm dado cartas no panorama desportivo do Faial.

À semelhança de muitas outras entidades desportivas os problemas diretivos perpetuam-se. Desde meados de 2014 que o GDF se encontra sem direção, sendo as rédeas do clube tomadas por uma Comissão Administrativa liderada por Rui Castro.

Entendendo a inexistência da modalidade de Futebol uma “grande lacuna”, o presidente da Comissão justificou “o relvado desajustado” à realidade atual como fator decisivo para que assim fosse decido. Em declarações no final da sessão solene Rui Castro defendeu a recuperação desta modalidade na próxima época pelo menos nos escalões de formação.

Na modalidade de Futsal, que não consta na atividade do GDF esta época, foram recordadas as glórias alcançadas pelo sexo feminino, como os títulos de campeãs da Associação de Futebol da Horta (AFH) e a supertaça Manuel de Arriaga. Quanto ao ciclismo, Castro vê a modalidade como tendo “um projeto de formação que orgulha o clube e a freguesia”.

Após o terminus das celebrações dos 25 anos está agendada uma reunião de sócios para que sejam apresentadas listas com vista a uma futura eleição e tomada de posse de uma direção de plenos direitos. “Apelo à participação dos sócios. Poderá estar em causa a sua continuação”, reiterou o presidente da Comissão.

Eduardo Pereira, presidente da junta de freguesia da Feteira ex-presidente da GDF, referiu a fundação do clube como a materialização da “vontade das forças vivas da Feteira”, louvando que, apesar das dificuldades diretivas, se tenha conseguido conservar o clube “de portas abertas” nos últimos anos.

“Cheguem-se para o GDF no sentido de o manter e fazer crescer o clube por mais 25 anos” apelou o autarca a todos os sócios, simpatizantes e à população da freguesia.

O vice-presidente da Câmara Municipal da Horta, Luís Botelho, também esteve presente e incitou ao reconhecimento e aceitação da realidade atual do clube como forma de, a partir dai, se conseguir erguer o clube para o patamar desportivo desejado. Prometido ficou o empenho da edilidade da construção de um “futuro que terá de ser risonho” para este clube da freguesia da Feteira.

Um passado sinónimo de orgulho

Na sessão solene que marcou as Bodas de Prata o presidente da comissão administrativa lembrou os tempos áureos do desporto feteirense que antecederam e serviram de combustível à criação do clube.

Em 1985 o Centro de Cultura e Desporto da Casa do Povo da Feteira iniciou a sua atividade desportiva. Incluído nas competições da INATEL a equipa chegou a disputar o apuramento de Campeão das ilhas Faial-Pico, perdendo a segunda mão da final por 3-4, o que ditou o segundo lugar da prova.

Posteriormente, já com pilares cimentados que previam a criação do GDF, houve ainda tempo para conquistar o título de campeão do Distrito da Horta, mas na prova regional disputada em Rabo de Peixe, São Miguel, as diferenças de ritmo e técnica não permitiram se alcançar mais do que o título de vice-campeão dos Açores.

Os dérbis Feteira- Castelo Branco levavam ao rubro as populações do sul do Faial. Enchiam-se campos e, como lembrou Rui Castro, “os resultados eram sempre imprevisíveis”. Estes foram os “anos de ouro” para o desporto daquela freguesia, rematou.

Finalmente, a 20 de abril de 1990 foi oficializada a criação do clube, após todas as glórias conseguidas nos anos 80. Em 1991 ocorreu uma primeira tentativa de filiação à Associação de Futebol da Horta (AFH), mas os clubes da terra opuseram-se. Já em 1993, com o apoio das equipas da ilha do Pico, o GDF conseguiu a desejada filiação.

Estes foram os primeiros passos de um clube que marcou gerações. Os 27 sócios fundadores não foram esquecidos na cerimónia, sendo-lhes entregue um certificado de mérito. Também os ex-presidentes foram lembrados, como o recentemente falecido Luís Bruno, e presenteados com um diploma de reconhecimento pelo trabalho prestado.

 

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