Aos 81 anos de idade Cristóvão de Aguiar (1940-2021) deixou de “escreviver”. Mas não contem comigo para etiquetas funerárias e panegíricos post-mortem. Eu, que em vida do escritor recenseei todas as suas obras, não me misturo com o coro daqueles que, agora que ele é um morto exemplar, dócil e moldável, aproveitam o de profundis e andam por aí a tecer ladainhas e litanias de exaltação – esses mesmos que, antes do silêncio final do autor de Raiz Comovida, nunca disseram nem escreveram uma só palavra sobre os seus livros. Hipocrisia tamanha!
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