Editorial | 14 de outubro

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1. Já era assunto comentado à surdina em alguns círculos político-partidários locais: o silêncio que vinha a rodear a prometida construção da 2ªfase da Variante à cidade da Horta não aparentava ser bom augúrio. A legislatura está a meio e o tempo para cumprir a promessa já começava a escassear. Alguns já sentenciavam que a má sina do Faial junto dos governos regionais, apesar da mudança de cor política, se mantinha e esta seria mais uma promessa adiada e empurrada para fases, não se cumprindo, novamente, aquilo que se havia prometido.
Berta Cabral, apesar das naturais cautelas que fez questão de referir, salvaguardando-se de derrapagens no tempo não imputáveis à governação e à vontade política, garantiu ao nosso jornal que a obra é para avançar, de acordo com as estimativas atuais, no segundo semestre de 2023, depois do concurso que será lançado ainda este ano.
Uma boa notícia, sem dúvida! Não só porque é o cumprimento de uma promessa eleitoral, mas também porque corresponde à concretização de uma velha e justa aspiração dos faialenses, condenavelmente protelada e colocada na prateleira por governos anteriores.
2. Está difícil a gestão da Escola do Mar dos Açores (EMA)!
À volta da instituição parece haver uma indiscutível unanimidade sobre a sua importância estratégica e o papel que pode desempenhar na formação profissional do setor das pescas. Agora, que acaba de ser certificada e, portanto, legalmente mais capacitada para desempenhar o papel que dela se espera; agora que está melhor preparada para desenvolver uma atividade mais regular, contínua e programada; agora que estavam criadas condições para se afirmar na prática como um projeto de sucesso que dignificasse a Região e o Faial; agora que tinha pela sua frente a concretização de uma pluralidade de projetos já aprovados; era, pois, precisamente agora, perfeitamente dispensável a nova instabilidade que lhe bateu à porta com a demissão de dois administradores e a necessidade de convocação de uma assembleia geral para eleição de um novo Conselho de Administração.
Esta inconstância, esta intranquilidade e esta falta de estabilidade e de previsibilidade na gestão da EMA não é nada salutar, não é um bom sintoma nem um bom prenúncio. Se há algo fundamental numa instituição educativa e formadora é haver continuidade de ações e projetos, coerência na gestão e tempo para as medidas poderem surtir efeito e, assim, cumprirem a missão da Escola.
E numa instituição nascente, não consolidada, e que está a dar os primeiros passos, como é o caso da EMA, esta sucessiva troca de responsáveis na sua gestão é um exemplo contrário em tudo à imperiosa necessidade de estabilidade que é o garante da construção de alicerces robustos e credíveis.
É, por isso, tempo de analisar muito bem e avaliar as razões desta situação. E agir na salvaguarda da instituição e do projeto que ela representa!

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