ELEIÇÕES E COMPROMISSOS

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1. Quem se candidata a eleições já sabe que vencer ou perder, atingir ou não os objectivos desejados, é uma consequência natural do próprio acto de candidatura. Depois do veredicto do povo, e em caso de derrota, é sempre muito mais fácil apontar o dedo, alinhavar as maiores e as mais pequenas razões para o sucedido e até encontrar os culpados individuais dos processos colectivos. Como, inversamente, em caso de vitória, facilmente se incensa o vencedor, se esquecem os agravos e os erros e até objectivas divergências se transformam em unanimidades.

Mas o verdadeiro facto é este: a vontade dos cidadãos é sempre a última, a decisiva, a que importa e a que é determinante. E, nessa medida, os cidadãos têm sempre razão. O voto que elege ou que dá poder é tão democrático como o voto que retira esse poder.

2. Democraticamente, os Açorianos, nas eleições do passado dia 14 de Outubro, preferiram renovar a sua confiança no Partido Socialista e atribuir a Vasco Cordeiro a presidência do novo executivo.

A expressão dessa vitória não deixa dúvidas e, no Faial, onde os mandatos foram repartidos como anteriormente, aguarda-se que os deputados eleitos, fiéis ao mandato que os cidadãos desta ilha lhes conferiram, não transijam nem descansem na defesa dos interesses do Faial e dos Açores.

4. Ao longo do próximo mês já teremos ideias mais claras sobre a “pauta” da nova governação, quando conhecermos a orgânica do novo governo e os novos secretários regionais. E, ao longo do primeiro trimestre do novo ano, já se poderá avaliar ainda melhor o que nos espera, quando o Plano para 2013 for apresentado, discutido e aprovado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (isto apesar da experiência nos ter já ensinado que esses documentos orientadores da política governativa não têm passado disso mesmo: orientações genéricas que muitas vezes injustificadamente ficam sem cumprimento!).

5. Entretanto, aguardamos todos, expectantes, pelo cumprimento, até ao ano de 2016, das 52 promessas livre e voluntariamente apresentadas pelo PS para o Faial, das quais registamos as seguintes: 1) promover a instalação do Parque Empresarial para empresas ligadas ao aproveitamento dos recursos do mar, em articulação com a promoção da investigação do mar profundo; 2) criar a Escola de Formação de Marítimos dos Açores; 3) dar início à 2ªfase do projeto integrado de ordenamento e requalificação da baía da Horta;4) reabilitar a estrada regional Largo Jaime Melo-Capelo, bem como a ligação à Ribeira Funda; 5) promover a execução da 2ªfase da Variante à cidade da Horta; 6) proceder à requalificação de todas as estradas objeto de intervenções anteriores e que apresentam evidentes sinais de desgaste; 7) reabilitar os caminhos agrícolas; 8) construir o novo matadouro do Faial; 9) implementar a colocação de água à lavoura na freguesia dos Flamengos; 10) criar um novo perímetro agrário dos Cedros/Salão; 11) promover a dragagem do núcleo de pescas; 12) promover a instalação de um novo silo de gelo; 13) avançar com a empreitada de reordenamento do saco do porto;14) desenvolver os procedimentos conducentes à construção do campo de golfe do Faial; 15) apoiar a reabilitação das termas do Varadouro; 16) dotar o Hospital da Horta com especialistas nas várias áreas; 17) criar na zona norte da ilha do Faial um edifício para Centro de Convívio de Idosos/Centro de Noite, creche e ATL; 18) construir o novo quartel dos Bombeiros; 19) reordenar e requalificar o Morro de Castelo Branco e a sua zona envolvente; 20) rever as condições de financiamento no processo de reconstrução das igrejas; 21) promover a requalificação do Farol da Ribeirinha; 22) promover a criação no Faial de um centro de treinos da alta competição na área dos desportos náuticos; 23) apoiar a construção de um campo de jogos para o Atlético e para o Sporting da Horta; 24) apoiar a reabilitação do pavilhão desportivo do Fayal Sport.

6. Os Faialenses maioritariamente votaram também nestas propostas. Por isso, agora é a altura de quem ganhou honrar os compromissos e cumprir o prometido.

Que subam, pois, ao palco os pagadores de promessas.

E que cumpram o que prometeram.

Para que se credibilizem e credibilizem a Política e os Governos. 

 

 

 

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