Escola Profissional da Horta celebra Bandeira Eco-Escolas com baptismo de canoas construídas por formandos

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Pelo quarto ano consecutivo, a Escola Profissional da Horta (EPH) hasteou, esta manhã, a bandeira Eco-Escolas, galardão obtido em reconhecimento pelas suas boas práticas ambientais. Este ano, as comemorações tiveram um sabor especial, já que foram marcadas pelo baptismo de três canoas construídas pelos formandos do curso técnico de Construção Naval/Embarcações de Recreio, projecto que decorreu no âmbito do Açores Entre Mares.

A cerimónia de baptismo das canoas decorreu junto ao Clube Naval da Horta (CNH), entidade parceira da EPH neste projecto, e uma das canoas construídas foi, inclusive, uma homenagem ao bote baleeiro Claudina, daquela agremiação náutica.

Na ocasião, Eduardo Caetano de Sousa, director da EPH, congratulou-se com a realização deste projecto por parte dos formandos, destacando o trabalho dos formadores Nuno Santos, Luís Decq Mota e Flávio Pereira.

Também o presidente da Câmara Municipal da Horta salientou a parceira da EPH com o CNH como sendo “um bom exemplo” daquilo que se pode fazer no Faial entre as escolas e outras instituições. João Castro direccionou a sua intervenção para os alunos do curso de Construção Naval, falando-lhes do passado da ilha no que a essa área diz respeito: “Há alguns anos a Horta era um grande centro internacional de reparação naval”, referiu, mostrando a Marina atulhada de barcos para provar que “essa oportunidade volta a surgir” nos dias de hoje.

Por sua vez, o secretário regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, felicitou a EPH – instituição que ajudou a fazer nascer quando tutelou a pasta da Educação -, por este curso voltado para o mar, frisando que esse é o caminho que os Açores devem seguir. “Vivemos demasiado tempo de costas voltadas para o mar”, considerou, reiterando a necessidade de tirar rentabilidade do espaço marítimo, que, nos Açores, é muito superior ao terrestre.

No que respeita ao galardão Eco-Escolas, Eduardo Caetano de Sousa destacou o facto deste ter possibilitado a melhoria das práticas ambientais da EPH, salientando o esforço da escola para fomentar a cidadania activa junto dos seus formandos.

Ao Tribuna das Ilhas, Leonardo Ávila, coordenador do programa Eco-Escolas na EPH, garantiu que esta tem sido “uma experiência muito positiva”. De acordo com o formador, para além de aplicarem as boas práticas ambientais na escola, os formandos “têm influenciado muito os seus familiares”. 

Leonardo Ávila destaca o trabalho feito na separação de resíduos: “A escola tem um ecoponto e, além disso, em todas as salas há espaços para separação do papel, do alumínio e do plástico, e na cantina também”, refere. A sensibilização para a separação do lixo faz-se também através de parcerias com a CMH, entre outras coisas mediante visitas de estudo à Central de Triagem, para que os alunos possam ver o que está a ser feito no âmbito municipal.

O programa de recolha de tampas de plástico, cujos frutos irão servir para beneficiar alguém que necessite, é também um sucesso. “Neste momento temos cerca de 400 quilos de tampas”, refere o formador, salientando a contribuição de várias instituições.

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