Estudo reduz para metade o valor da ampliação da pista do Aeroporto da Horta

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A Câmara Municipal da Horta criou, em novembro passado, um grupo de trabalho para elaborar um estudo técnico sobre a eventual ampliação do aeroporto da Horta.
Na ocasião, em declarações aos jornalistas, José Leonardo Silva explicou que a intenção do estudo era apresentar “soluções técnicas” com vista à eventual ampliação da pista e determinar os custos envolvidos”.
O estudo foi apresentado na passada semana e, de acordo com José Leonardo, “trata-se de uma mais valia para as entidades agora analisarem qual a melhor solução para aquela infra-estrutura”.
O estudo, entre outros aspetos, reduz de 73 para 35 milhões de euros o custo aproximado da obra de ampliação da pista do Aeroporto da Horta, que passará a ter 2050metros, ao invés dos habituais 1600m.
“Esta obra não é um capricho dos faialenses. É uma obra fundamental para o nosso futuro”, insistiu o presidente do município, José Leonardo Silva, em conferência de imprensa, realizada no passado dia 30 de março nos Paços do Concelho.
“Esta solução permite-nos perspetivar o futuro”, salientou José Leonardo, lembrando que, além da ampliação da pista, a obra permitiria também potenciar a construção de uma nova aerogare e de uma nova placa de estacionamento para aviões.
A solução técnica avançada pelo grupo de trabalho consiste em ampliar a pista do Aeroporto da Horta nos dois sentidos: 105 metros para o lado da cidade e 350 metros para o lado do Morro de Castelo Branco, em terrenos conquistados ao mar.
A avançar com esta solução, e de acordo com a equipa de trabalho, será apenas comprometida uma moradia de veraneio. O estudo também contempla os valores necessários para a expropriação dos terrenos.
João Corvelo, ex-diretor daquela infraestrutura, referiu que “efetivamente o Morro é um obstáculo, mas quanto mais nos aproximamos do Morro menos obstáculo ele é, porque estamos a 2 quilómetros de distância e, por cada metro que a pista crescer, o Morro começa a ficar mais de lado e, no limite, podíamos usar como exemplo a pista de Gibraltar que tem 1500 metros e um penedo de 350 metros”.
Confrontado sobre as expetativas em relação ao desenvolvimento deste assunto, uma vez que o Aeroporto da Horta é propriedade da empresa “Vinci”, nem a Câmara da Horta, nem o Governo dos Açores têm qualquer influência, José Leonardo diz que “este é um documento de pressão. Vamos agora apresentá-lo ao Governo Regional, da República e à ANA, e esperamos que nos dêem uma resposta rápida e concreta”, insistiu o autarca, lembrando que, este investimento pode ser candidatado a fundos comunitários.
O aeroporto da Horta foi inaugurado em 1971. Em 1985 começou as ligações com Lisboa e, com isso, as reivindicações dos faialenses para aumento da Pista que conheceram o seu ponto máximo em setembro passado com uma manifestação fora do Parlamento dos Açores, exigindo a concretização da obra.MJS

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