Europeias: Partidos sem representação preocupados com ascensão da extrema-direita

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Os sete candidatos às eleições europeias que participaram no debate transmitido na terça-feira à noite mostraram-se preocupados com a ascensão da extrema-direita na União Europeia, com André Ventura a recusar ser o rosto desta política em Portugal.

O debate, transmitido pela SIC Notícias e que durou perto de uma hora e meia, contou com os cabeças-de-lista dos partidos Aliança (Paulo Sande), PAN (Francisco Guerreiro), Iniciativa Liberal (Ricardo Arroja), Nós Cidadãos (Paulo de Morais), PCTP/MRPP (Luís Júdice), Livre (Rui Tavares) e da coligação Basta (André Ventura).
Paulo Sande foi o primeiro a responder à questão colocada pelo jornalista Bento Rodrigues, tendo afirmado que os extremismos o “preocupam muito” e que “a única maneira de ter uma sociedade equilibrada é combater” estes movimentos.
Na opinião do cabeça-de-lista da Aliança, os “extremos e os populismos, no fundo, são respostas simplistas a questões complexas”.

De seguida, o rosto da coligação que junta o Partido Popular Monárquico, o Chega, o movimento Democracia 21 e o Partido Cidadania e Democracia Cristã, garantiu: “Eu não me sinto o rosto da extrema-direita, nem isso me preocupa muito”.
“Extremismos há, mas há extremismos porque as pessoas estão desconfiadas e descontentes”, disse André Ventura, referindo não ter assistido a “esta mesma preocupação quando o Podemos garantiu lugar em Espanha”. Pela Iniciativa Liberal, Ricardo Arroja advogou que os extremismos são “um risco à coesão da Europa”.
Por seu turno, o antigo eurodeputado Rui Tavares apontou quem “quando os partidos tradicionais estão vazios de ideias (…), evidentemente que há quem se aproveite”, tanto interna como externamente.
“E muitos deles não precisam de nomes finos de ciência política, do género extrema-direita, nacional populismo ou fascismo, muitos deles são simplesmente vigaristas”, notou o primeiro candidato do Livre.
Na ótica de Francisco Guerreiro, do PAN, existe um “perigo real” que deve ser combatido com “políticas integradas”.
“Casa onde falha o pão geralmente dá este resultado, que os extremismos, os tais movimentos fascistas, xenófobos, racistas possam ser como o fogo que se ateia a uma pradaria seca”, considerou o cabeça-de-lista do PCTP/MRPP.
Luís Júdice rejeitou também que o seu discurso seja radical, salientando que “é realista”.
Já Paulo de Morais adiantou que “os extremismos e a abstenção são exatamente as razões centrais que levaram à constituição desta candidatura”, a par de se afirmar como “uma alternativa ao centro”.
Os candidatos ao Parlamento Europeu tiveram oportunidade ainda de expor as suas visões sobre política de migração, a relação de Portugal com a União Europeia, como combater a abstenção, bem como sobre os meios de cada candidatura para a campanha que arranca oficialmente na próxima segunda-feira.
Entre todos, Luís Júdice foi o único que defendeu a saída de Portugal da União Europeia.
No final do debate, cada um dos cabeças-de-lista contou com um minuto para se dirigir livremente aos telespetadores.
As eleições para o Parlamento Europeu disputam-se no próximo dia 26.

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