Ou “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, diz o provérbio e a sabedoria do povo nunca se engana.
Na verdade, são já muitos os anos do pedido para o desejado aumento da Pista do Aeroporto do Faial.
Aliás, ligado também às acessibilidades à Ilha, razão primeira da nova e grande Manifestação de mais de meio milhar de Faialenses, frente ao Parla-mento Açoriano, sediado na Horta, à rua Marcelino Lima,
Ocasião para exporem justas razões aos Deputados que deles se abeiraram, tudo decorrendo democraticamente, o que foi sempre timbre da terra do Duque d’Ávila e do Presidente Manuel de Arriaga.
Por sinal, ter sido a exemplar vivência da gente da minha Ilha que levou os responsáveis pela criação dos três Órgãos da Autonomia a escolherem a cidade da Horta para acolher a Assembleia Legislativa dos Açores.
Mesmo assim, e mormente no já longo consolado “rosa”, o Faial tem sido a ilha mais sacrificada.
Recorde-se: Carlos César, quando no Poder regional, garantiu aos Faialenses, se a ANA, ainda dependente do Terreiro do Paço, não procedesse ao aumento da Pista, o Governo dos Açores, de que era Presidente, chamaria a si o cumprimento da promessa feita (e repetida).
Todavia, o conhecido político micaelense, agora na presidência do PS nacional, líder parlamentar em São Bento e braço direito do 1.º Ministro Costa, tem-se limitado a assobiar para o lado…
Voltando, porém, à segunda Manifes-tação popular organizada pelo “Grupo Aeroporto da Horta“ desta feita contra a redução de lugares e de voos para o Faial, como lemos em “Tribuna das Ilhas”, um semanário, autêntico porta-voz da Ilha faialense.
Estamos certos de que, como a primeira, terá grande repercussão nas outras ilhas incluindo as do “Triângulo”.
É que constituem, em especial em São Miguel e na Terceira, uma excepção em tempo de Autonomia, numa clara evidência da marginalização a que o Faial tem vindo a ser votado.
E recuando ao “Verão Quente” de 1975, contra os comunistas de Vasco Gonçalves e de Cunhal, jamais pensando que estavam a contribuir para a Autonomia nos Arquipélagos dos Açores e Madeira, dada até de bandeja.
A propósito, é de lembrar os célebres Ladeiras do Cascalho, Faial, hoje dignamente representados por Dejalme Vargas, um Faialense com F grande que tem sido a alma da actual reacção do Povo da Ilha Azul face à prepotência Socialista.
Já escrevemos, se bem que nunca será demais continuar “a bater na pedra dura, como água mole”, mesmo que o provérbio nunca se engane, embora pareça estar a dormir…
E o Faial tem argumentos mais que suficientes para ser olhado, com olhos de ver, pelos senhores da Governança açórica, tais como:
1 – Situação geográfica e privilegiada no meio do Atlântico Norte
2 – Baia do Clube das mais belas do mundo.
3 – Cidade sede do Parlamento açoriano.
4 – Importante Porto de Pesca.
5 – Marina Internacional, a 4.ª mundialmente mais frequentada.
6 – Hospital com devidas valências.
7 – Bons hotéis e apreciadas Casas de turismo rural.
8 – Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos.
9 – Esplêndidos trilhos perdestes.
10 – Famoso Jardim Botânico, sem igual.
11 – A ampla Baía do Varadouro, ao longo de alta rocha até ao morro de Castelo Branco
12 – Sugestivos miradouros em especial o da Caldeira: grandiosa bocarra no centro da Ilha e com vista para a montanha do Pico, a mais alta de Portugal
Tudo isto, além de inúmeras belezas naturais, um Povo cosmopolita e assaz hospitaleiro.
Correndo Parelhas
É a designação que achamos mais apropriada à semelhança do conteúdo dos escritos, anterior e deste:
Faz de conta é dito muito popular.
Por sinal, serão as intervenções em São Bento das Esquerdas radicais, ou encostadas.
Quando se trata de derrotar a Direita, apoio não falta ao 1.º Ministro.
Entretanto, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa vão mostrando que são gente, sem medos…
Nem que Costa esteja preocupado, quiçá não escondendo habitual sorriso.
Mas quando se vê entre a espada e a parede, como agora sucedeu, o habilidoso Político não demora a afiançar que prefere liderar a coligação, sem papel, e renegando qualquer faz de conta ao Bloco Central (de duvidosa liderança).
DR
6 Aviões no parque, entre eles o Boeing da TAP em que o Presidente da República, Almirante Américo Tomáz viajou de Lisboa para o Faial, afim de presidir à cerimónia de inauguração do Aeroporto da Horta