Já não me recordo exatamente do momento em que foi criada a Cooperativa Cultural mas sei que estive lá desde o seu início. Recordo as reuniões com o Sr.Mário Frayão, o seu sentimento de pertença à ilha e à comunidade faialense; a paixão com que nos apresentou o seu projeto e os seus ideais – criar uma tribuna onde se pudessem manifestar diferentes vozes, diferentes ideologias e partidos políticos, numa lógica de cocriação, explorando as diferentes potencialidades da ilha e o trabalho coletivo. O seu projeto cultural representava uma nova via de comunicação e um lugar de informação, de cooperação e de criatividade. É um facto que o jornalismo é uma representação discursiva da vida humana; potencia a manifestação da diversidade de vivências e de ideias; permite transmitir informações e novidades e contar as histórias que o Sr.Mário Frayão tão bem sabia contar. Era evidente ainda o seu apego à independência, à liberdade de pensamento, ao rigor; o equilíbrio e a sua capacidade de sonhar, de ver mais além.
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