FPA indignada com o corte no TAC dos Beryx

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Federação das Pescas dos Açores

Fonte: Federação de Pescas dos Açores

Foi com indignação que a Federação das Pescas dos Açores recebeu a decisão de implementação de um corte de 20% no TAC do grupo de espécies Beryx (Imperador e Alfonsim) para o próximo biénio. Este corte, recomendado pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES), surge no seguimento da falta de dados científicos sobre esta espécie e sobre a pescaria, necessários para a avaliação do estado do stock no mar dos Açores.

Isto representa um impacto negativo nos rendimentos dos pescadores, uma vez que são espécies de valor elevado na primeira venda, com forte reflexo na comunidade piscatória. Recorde-se que ambas as espécies renderam, já este ano, cerca de 2.5 milhões de euros. Com um corte dos 20% na quota de pesca os Açores passam a usufruir de uma quota de apenas de 98 ton (menos cerca de 25 ton), e à média de preços atuais, significa uma quebra no rendimento em cerca de dois milhões de euros no próximo biénio.

Na Região Autónoma dos Açores temos vindo a implementar medidas de gestão internas, como os limites máximos de captura por embarcação, por maré e quota anual, aumento do tamanho dos anzóis e a criação de tamanhos mínimos de captura, o que denota uma preocupação em garantir uma gestão cuidada do esforço de pesca de modo a assegurar a sustentabilidade dos recursos e da atividade pesqueira. Nunca falhamos com os nossos compromissos.

Este ano acabamos por fazer uma gestão ainda mais criteriosa e restritiva fechando a captura do Alfonsim a 30 de junho. Ano após ano, o fecho de quota precoce, não permite que esta pesca dure todo o ano, pela pouca quota que é atribuída ao estado-membro e consequentemente aos Açores. Segundo os Pescadores esta espécie encontra-se num estado sustentável, evidenciando até um aumento progressivo do stock, devido ao esforço quase nulo na Crista Média Atlântica e limitado na Região dos Açores.

No entender da Federação das Pescas dos Açores, os pescadores Açorianos não têm qualquer responsabilidade nesta decisão, e por isso exigimos que as entidades competentes nesta matéria tomem as diligências necessárias, para que o setor não seja prejudicado injustamente.

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