Governo de Vasco Cordeiro foi incapaz de baixar os níveis de abandono escolar precoce

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DR/BE
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Os níveis de abandono escolar precoce nos Açores não registaram melhorias durante os últimos quatro anos de governo do PS – ao contrário do que aconteceu a nível nacional – e estão muito longe das metas estabelecidas pela União Europeia. António Lima, candidato do BE defende mais investimento na Educação para garantir mais recursos humanos – professores e assistentes operacionais – e mais apoio pedagógico para evitar recurso a explicações pagas, que geram desigualdades.

“O PS fala numa grande progressão na redução do abandono escolar precoce desde 2009 – ainda hoje Vasco Cordeiro o dizia em entrevista à Antena 1 Açores – mas esquece-se de dizer que desde 2016 que o abandono escolar precoce está estagnado, ao contrário do que aconteceu a nível nacional, onde este valor desceu vários pontos percentuais nos últimos quatro anos, tendo praticamente atingido os 10% que é a meta definida pela União Europeia”, explicou António Lima.

“Os Açores estão muito atrás neste aspeto”, sinalizou o candidato do BE, que considera que, para melhorar estes resultados é preciso “mais investimento na Educação”, com a criação de equipas multidisciplinares para acompanhar mais de perto os alunos, para que tenham na escola o apoio que precisam, sem ter que recorrer às explicações pagas, a que só alguns conseguem aceder.

António Lima voltou a frisar o “sério problema de falta de professores nos Açores”, e diz que, se a pandemia veio piorar a situação – porque há professores que pertencem a grupos de risco e que estão de baixa – a verdade é que “o problema já se fazia sentir antes da pandemia”.

“Há neste momento mais de cem vagas por preencher nos Açores”, alertou o candidato.

Mas a falta de recursos humanos não se resume aos professores. António Lima salienta que faltam também muitos assistentes operacionais, e grande parte deles estão ao abrigo de programas ocupacionais, sem direitos, sem contrato, e com rendimentos mais baixos que os colegas.

“A solução do Governo tem sido sempre recorrer a programas ocupacionais em vez de celebrar um contrato de trabalho. Não pode ser assim. Se as pessoas são necessárias nas escolas, se é preciso preencher aquele lugar, tem que haver um contrato de trabalho”, apontou o líder do Bloco de Esquerda.

António Lima visitou esta manhã a Escola Rui Galvão de Carvalho, em Rabo de Peixe, onde, há menos de duas semanas, o Governo Regional lançou a primeira pedra da construção de uma nova escola, “uma obra reivindicada pela comunidade de Rabo de Peixe há 17 anos”.

“Foi preciso chegar à pré-campanha eleitoral para que fosse lançada a primeira-pedra”, assinalou o candidato do Bloco de Esquerda, acrescentando esperar “que a obra corra bem, e não tenha os percalços que outras obras estão a ter”.

Ao nível de instalações, António Lima salientou que também existem problemas por resolver na escola primária Luísa Constantina, também em Rabo de Peixe, em que os alunos têm um espaço diminuto para o recreio, que nem sequer têm abrigo da chuva, uma situação que “é inaceitável”.

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