Governo Regional está a estudar outras soluções de abastecimento às Flores, assegura Ana Cunha

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A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas assegurou que o Governo dos Açores está a estudar outras soluções de abastecimento marítimo à ilha das Flores que permitam maior regularidade, capacidade e fiabilidade do que a solução atualmente em vigor, de forma provisória.

Ana Cunha, que falava quarta-feira, em Ponta Delgada, no final de uma reunião com os presidentes das câmaras municipais das Lajes e de Santa Cruz das Flores, salientou que, para já, “a grande dificuldade é que temos um porto que foi completamente destruído, que foi aberto à navegação com muitas limitações”.

“Estamos a trabalhar para melhorar as condições de operacionalidade do porto e essas condições é que ditarão a passagem desta solução provisória para outra, com outra capacidade de fiabilidade, de segurança, mas sempre dependente daquilo que se for conseguindo no porto”, frisou.

A Secretária Regional referiu que a Portos dos Açores “contratou, de imediato, trabalhos ao projetista para não só pensar na solução a longo prazo, mas, sobretudo, pensar numa solução a curto prazo, porque o porto deverá sofrer uma obra intermédia, que permita precisamente que a operação continue a realizar-se, com as capacidades que a ilha necessita e que exige, e a obra definitiva, que levará mais tempo”.

“As condições que têm sido conseguidas de operação no Porto das Lajes vão ditando a solução que tem sido implementada de abastecimento à ilha, sendo que a nossa missão é procurar sempre a melhor solução para restabelecer o abastecimento habitual à ilha das Flores”, disse.

Ana Cunha recordou que esta solução provisória em vigor passa por uma viagem semanal, “com possibilidade séria de reforço a partir de meados de novembro”, frisando que, na passada semana, “houve mau tempo e, nesse sentido, nesta próxima semana prevê-se a realização da viagem em falta, além da viagem normal, através da embarcação ‘Paulo da Gama’”.

Para além disso, o navio ‘São Jorge’ fará também uma escala na ilha na terça-feira, 5 de novembro, para “abastecimento de combustível”, sendo que a operação será feita ao largo e através de trasfega, com um rebocador da Portos dos Açores, para o cais, “uma vez que o navio ‘São Jorge’ neste momento não consegue acostar no Porto das Lajes”.

“Estão a ser estudadas outras soluções pelo Governo dos Açores, em conjunto com as empresas de tráfego local”, adiantou a Secretária Regional, acrescentando que “temos estado sempre em contacto com os armadores, que escalavam a ilha de 15 em 15 dias, conforme obrigação pela regulamentação da cabotagem insular, na procura de outras soluções,  que permitam o abastecimento regular e nas mesmas condições que correspondem às necessidades das ilhas e que era o abastecimento anterior”.

A Secretária Regional adiantou que, “logo que haja uma melhoria, desde a profundidade do barco que poderá lá acostar, do aumento do cais acostável, se Autoridade Marítima entender que há condições para que essa operação se realize com segurança, emitirá um novo aviso e poderemos reforçar os meios de abastecimento à ilha”.

Em relação às obras necessárias no Porto das Lajes, Ana Cunha disse compreender a dificuldade “de se perceber não haver ainda um cronograma”, mas lembrou que o porto foi destruído pelo furacão Lorenzo há cerca de um mês, considerando que “já foi um feito muito significativo conseguir abri-lo à navegação e assim permitir o abastecimento à ilha, que é a principal preocupação”.

A Secretária Regional adiantou que será realizada uma obra intermédia, cujo projeto deverá estar pronto no final do ano.

“Quer nós, quer os armadores, quer também o tráfego local, temos estado a estudar no mercado várias soluções, outras soluções de navios que também possam reforçar o abastecimento à ilha”, disse Ana Cunha.

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