Legislativas Regionais – PS enche Teatro Faialense na apresentação da lista pelo Faial

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Dúvidas houvessem de que o PS/Faial está mobilizado para as eleições de Outubro, elas dissiparam-se na noite de ontem, com o partido a encher por completo o Teatro Faialense para a apresentação da lista que se apresenta a sufrágio pelo círculo eleitoral da ilha.

As centenas de pessoas que marcaram presença aplaudiram de pé a chegada do candidato à presidência do Governo Regional, Vasco Cordeiro, acompanhado por Ana Luís, primeira candidata socialista pelo Faial, e por João Castro, secretário coordenador do PS/Faial, e tido por muitos como a escolha provável para o lugar de Luís nesta lista.

Os 12 elementos candidatos foram apresentados um por um e subiram ao palco, onde foram recebidos por Genuíno Madruga, mandatário da candidatura socialista no Faial.

Seguiu-se a intervenção de Ana Luís, que começou por considerar ser “um privilégio servir o Faial na Assembleia Regional”, caso seja eleita deputada. Fazer mais pelas pessoas, pelas instituições e pela defesa da identidade das freguesias foram objectivos a que se propôs a candidata, que não esquece algumas obras estruturantes para o Faial, prometendo reivindicar a segunda fase da requalificação da frente marítima da Horta, a segunda fase da Variante à cidade e a ampliação da pista do Aeroporto. “São batalhas difíceis mas estarei na linha da frente, acompanhada pelos candidatos desta lista”, disse, caracterizando a sua equipa como sendo constituída por “pessoas jovens e dinâmicas, que fizeram a diferença nas suas áreas de intervenção”.

A economista de 36 anos defendeu também a “tripolaridade açoriana”, apelando à permanência das instituições no Faial e garantindo ao homem que espera que suceda a Carlos César em Outubro que a ilha está à altura de “mais responsabilidades”.

Ana Luís reivindicou ainda um papel central para o Faial na nova legislatura no que aos Assuntos do Mar diz respeito, exigindo a criação das infra-estruturas necessárias a tal. 

No discurso da candidata não faltou a habitual elencagem da obra socialista dos últimos anos na ilha. A Escola Secundária, a Biblioteca Pública, o Centro de Interpretação dos Capelinhos ou o novo terminal marítimo foram alguns dos exemplos dados. 

Também a comparação entre a realidade açoriana e o resto do país, com o objectivo de mostrar que a situação nos Açores é melhor, marcou o discurso, com Luís a acusar o Governo da República da “destruição dos sistemas nacionais de Educação, Segurança Social e Saúde”, com “a desculpa da crise”. Luís referiu que, enquanto no continente se anuncia o despedimento de 5 mil professores, nos Açores aumentam as colocações, entendendo ser este um “exemplo da estabilidade” com que os açorianos podem contar com Vasco Cordeiro. Votar no PSD, “que quer vender o mar dos Açores ao desbarato” é, entende, pôr em causa esta estabilidade.

Mar é “desígnio” do Faial e dos Açores

A chama que faltou ao discurso de Ana Luís para inflamar a sala veio da intervenção de Vasco Cordeiro, mais “calejado” nestas andanças. O sucessor de Carlos César no PS começou por manifestar orgulho na presença de “um açoriano com letra maiúscula”, referindo-se ao mandatário da lista, elogiando-o pelo seu “amor aos Açores”.

Mostrando ter estado atento ao discurso de Ana Luís, Vasco Cordeiro garantiu que o PS terá a capacidade de executar as obras por ela reivindicadas para o Faial.

Sobre o Mar, assumiu como um desafio a materialização do potencial a ele associado, através da criação de riqueza e postos de trabalho, explicando que tal se trata de um “desígnio” da Região que passa obrigatoriamente pelo Faial, ilha com uma “posição de vanguarda” nesta matéria, graças ao turismo náutico e à sua posição geoestratégica, áreas que Cordeiro se comprometeu a potenciar.

O candidato rosa à presidência do Governo apontou depois baterias ao PSD, replicando a intervenção que já tinha feito de manhã no parlamento regional. Vasco Cordeiro acusou a oposição de fazer campanha “para destruir o que os governos do PS conquistaram a favor dos açorianos”, criticando o PSD por, “contra todas as evidências”, dizer que “a situação financeira dos Açores está à beira do precipício”. Para o candidato, esta é uma estratégia laranja, para que o principal partido da oposição tente aparecer “no papel de salvador”. “Os açorianos já viram este filme”, disse, referindo-se às actuações de Durão Barroso e de Passos Coelho na República. Para Cordeiro, os açorianos já perceberam “a incoerência” dos social-democratas, ao, por um lado, dizerem que a situação financeira está mal e, por outro, “prometerem obras de milhões e o aumento dos complementos sociais”. 

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