Melhores acessibilidades ao Faial – Manifestação do Grupo Aeroporto da Horta junta cerca de 400 de pessoas em frente à ALRAA

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O Grupo Aeroporto da Horta organizou mais uma manifestação em frente à sede do Parlamento Açoriano, na cidade da Horta.
Esta segunda manifestação voltou a juntar cerca de 400 pessoas e resultou de uma possível redução de voos para o Faial em 2018.

Centenas de pessoas juntaram-se na tarde da passada quarta-feira, em frente à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, onde decorria a sessão plenária de março, em protesto contra a operação da SATA para o verão IATA 2018, que apresenta uma possível redução no número de lugares e de ligações para o Faial.
No decorrer da manifestação organizada pelo Grupo Aeroporto da Horta, Dejalme Vargas, porta voz do grupo de cidadãos entregou um manifesto a todos os partidos, assim como ao Governo Regional.
Na carta reivindicativa, o Grupo pelo Aeroporto da Horta, considera “inadmissível”, que nesta altura a SATA ainda não tenha apresentado a sua operação para o presente verão IATA, no que à rota da Horta diz respeito, “quando a maior parte das Companhias Aéreas já estão a programar o verão IATA 2019”.
Para o grupo esta situação é “lamentável e tem um efeito negativo” para o Faial, na medida em que a maior parte das pessoas já têm as suas férias programadas.
Por outro lado, o porta-voz alertou que, tendo em conta os horários disponibilizados e a oferta de lugares da SATA para este verão, verifica-se “uma diminuição de cerca de 11.974 lugares disponíveis para o Faial”.
O grupo queixa-se ainda da falta de promoção deste destino, por parte da transportadora aérea regional e dos preços praticados nesta rota, considerando que estes “são persistentemente muito mais gravosos que os que a companhia faz para outras rotas de e para os Açores”.
No decorrer da manifestação Dejalme Vargas em resposta às declarações proferidas pela Secretária Regional do Transportes, após uma reunião com o presidente da autarquia local, salientou “que o Faial precisa de mais lugares para crescer e corresponder aos investimentos que têm sido feitos, quer no alojamento local quer na restauração. Nós precisamos de mais pessoas e não se pode misturar lugares disponíveis com lugares ocupados como fez a Secretária”, referiu.
Para Dejalme Vargas, “o que a SATA tem feito ao Faial é gravíssimo”. “Agora prepara-se para reduzir o número de lugares, andam a dizer que estão a dar mais lugares do que aqueles que utilizámos, mas isso é brincar com os números, porque eles estão a colocar voos em abril e em outubro, o que não nos resolve o problema do verão”, entende.
Esta manifestação ficou marcada pela presença do Presidente da Câmara Municipal da Horta. José Leonardo Silva, não esteve presente na primeira ação de protesto organizada por este grupo a exigir melhores condições para o Aeroporto da Horta.
No entanto, embora defenda que “não foi eleito para participar em manifestações”, tendo em conta que não conseguiu criar a “ponte” desejada com a secretária dos Transportes no sentido de aumentar o número de voos para o Faial, o autarca considerou ser importante “marcar presença, no sentido de manifestar solidariedade para com todos os faialenses, nesta questão que é fundamental para o desenvolvimento do Faial”.
Os partidos políticos com assento parlamentar (PSD, CDS, BE, PCP e PPM), foram recebidos pacificamente pelos manifestantes, mostrando a sua disponibilidade e solidariedade em relação a este assunto.
O mesmo não se pode dizer em relação ao Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, André Bradford e do Secretário Regional Adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias que foram recebidos com alguns assobios por parte dos populares.

 

Tribuna das Ilhas ouviu alguns empresários que se juntaram a esta ação de protesto

Os turistas não gostam de ‘boardings’

Estamos aqui, eu e o meu marido, para lutar por mais lugares para chegarem turistas. Não estamos aqui a pensar só nosso no negócio. Para nós há outras coisas importantes. Sem clientes, sem turistas, não há padeiros, não há restaurantes, não há atividades turísticas. Não vão ser precisos guias, não vão ser precisos barcos de whale watching e tudo isso.
Acho que esta situação não é importante só para um negócio. Nós temos trabalhadores e como empresa temos responsabilidade. Nós temos famílias que dependem do trabalho, famílias com crianças. Não podemos ficar calados, por isso estamos aqui para luta por mais lugares e mais ligações de Lisboa para cá e não só para a Terceira ou para Ponta Delgada.
Já temos alguns cancelamentos por causa dos “boardings”. Os operadores respondem-nos assim: “Os turistas não querem assim. Eles querem vir de um dia para o outro e querem chegar aqui o mais direto possível.
Estas ligações são tão más. As pessoas não gostam de passear assim. Elas gostam de sair do país e chegar ao destino no máximo no próximo dia.

O Pátio – Horses and Lodge, de Victor Huche e Anja Tettenbord

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Tememos que haja uma redução de pessoas
Vim mostrar a minha solidariedade com a população faialense que está a ser prejudicada com as ligações aéreas e eu como empresário da área marítimo-turística, apesar de ainda não ter muitos clientes, uma vez que somos uma empresa recente, temo o pior. Que haja uma redução de pessoas a chegarem à ilha.
A nossa atividade é sobretudo de verão e se não tivermos gente e se desistirem por causa dos reencaminhamentos e de menos voos para a ilha certamente vamos ser prejudicados.

João Pedro Medeiros proprietário – Central Sub

 

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SATA está a prestar um serviço muito mau ao Faial
No meu entender o Faial está com um grave problema de acessibilidades, principalmente pela dificuldade que a SATA está a ter em colocar e levar pessoas do Faial.
A ampliação da pista também me parece ser um fator extremamente importante, na medida em que irá beneficiar em três aspetos: os habitantes, as pessoas que nos visitam e na entrada e saída de carga. Quanto a mim seria uma mais valia.
Nunca se falou tanto em aumento da pista, isto porque a SATA está a prestar um serviço muito mau ao Faial, perante isto a população tem de se mobilizar no sentido de manifestar o seu descontentamento.

Rui Goulart – Empresário em vários ramos de atividade

 

Estão a estrangular a única sobrevivência que temos que é o turismo
Bem, estamos todos a ganhar a vida no turismo ou como eu a vender casas e estou a construir um hotel aqui. Obviamente, estamos a investir nesta ilha, sem qualquer apoio, mas, no entanto, o rendimento do nosso negócio não aumenta.
A falta de ligações tem grande influência no nosso negócio porque representa menos investimento, menos pessoas a quererem comprar uma casa, menos trabalho para os empreiteiros, para os dirigentes de um hostel, para os taxistas, etc.
O que é que temos aqui? Temos algumas vacas por isso temos alguns agricultores e de resto não há nada. Há pessoas no governo que trabalham neste agradável edifício com bonitos fatos e é tudo o que existe de negócio no Faial.
Temos alguns iates que vêm e felizmente não é de avião. E é isto que somos.
Estão a estrangular a única sobrevivência que temos que é o turismo, que é a única indústria em crescimento nos Açores. As vacas não são uma indústria em crescimento.
Nós estrangeiros estamos a investir muito. O Victor do Pátio investiu todo o seu dinheiro ali. E até as pessoas de fora dizem que não podemos protestar porque somos convidados. Mas é um disparate. Nós viemos para aqui e investimos e também somos cidadãos desta ilha.
Mas se soubéssemos que ia ser assim, teríamos investido noutra ilha. Escolhemos o Faial, mas afinal pode não ser uma boa escolha.

Laurentius Metal – Azores Properties

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