O Plenário Inverosímil

0
39
blank
Sonia PAN

Na semana anterior decorreu a penúltima sessão plenária do ano. Os plenários que antecedem a votação orçamental são normalmente agitados, mas este excedeu as expectativas. Na verdade, veio revelar-se uma agoniante decepção.
Discutiram-se várias iniciativas que, pelo conteúdo, tinham tudo para esclarecer o actual estado económico e financeiro da Região, bem como encontrar um caminho dialogante para açorianos ante a situação inconsistente que vivemos e o futuro incerto.
Era uma agenda com um menu de variada degustação, desde discussão sobre energia; diplomas de índole social, como isenção de remuneração complementar regional; melhoria das condições para fixar forças de segurança na Região; acréscimo regional ao salário mínimo; implementação do rastreio para o cancro do pulmão; revisão do pagamento das taxas moderadoras em hospitais e unidades de saúde, até à revisão do trabalho extraordinário médico.
Contudo, alguns agentes políticos optaram por tirar mero proveito político das intenções dos diplomas, sendo usados como cartas de baralho, remexidos e lançados demasiadas vezes.
No meio da precipitação, dissipou-se a prudência necessária ao debate objectivo e quem assistiu às discussões pode ter-se sentido confuso e quiçá desgovernado.
Salvou-se um diploma que conseguiu unir todas as bancadas, que consiste na implementação de um novo regime de classificação ao arvoredo notável nos Açores, iniciativa que nasceu de um projecto do PAN e alcançou unanimidade.

Este conteúdo é Exclusivo para Assinantes

Por favor Entre para Desbloquear os conteúdos Premium ou Faça a Sua Assinatura