Opinando em Tópicos

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RENOVADA ASSOCIAÇÃO DO TRIÂNGULO

Tarde é o que nunca chega, mas chegou, saindo mesmo de uma hibernação de muitos anos, tantos que até chegámos a julgar que a Associação dos Municípios do Triângulo se havia afundado nos dois Canais.

Felizmente que tal não aconteceu, tanto mais que o Triângulo é hoje um Pólo económico com sua Associação politicamente oficializada.

E ela aí está renovada com Presidente e Directores, sendo, porém, esperar de que tenham presente o sábio provérbio – Roma e Pavia – uma vez que muito há a fazer, após tão longo interregno.

Como é público, a Associação passa a ser liderada pelo Presidente da Câmara Municipal da Horta, Leonardo Silva cuja tarefa não será nada meiga, embora parecendo sanadas velhas divisões concelhias, o que já não era sem tempo, após quase quatro décadas de Autonomia.

E quanto às relações com as outras ilhas, sobretudo as Flores e Corvo, por razões óbvias, a sabedoria popular não deixará de ser conselheira: “amigos, amigos, negócios à parte”, e acrescentaremos: e também Partidos …

Por sinal, a renovada Associação surge numa altura em que se impõe a existência de um 3º. Pólo, político e económico no actual contexto autonómico.

É que, no entretanto, os dois – Terceira e mormente São Miguel – se têm vindo a reforçar, com visível influência negativa nas ilhas mais de baixo, particularmente nas do Triângulo.

Não deixa de ser mesmo sintomático a recente vinda às duas ilhas mais populosas, a convite do Governo dos Açores, de empresários estrangeiros sobretudo norte-americanos e canadianos.

Estamos até convictos de que a existência de 3 Pólos em pé de igualdade política, será a melhor maneira de se acabar com a divisão a meio dos Açores e com as vantagens das ilhas mais próximas da Hirondela, tendo-se em conta os cinquenta mil habitantes do Triângulo e respectiva potencialidade económica.

 

HORTA e a mais bela Baia

Os faialenses parecem ignorar as dádivas do Criador, entre elas a Baía da Horta que até entrou no famoso Clube das mais Belas do Mundo, pelos homens escolhida.

Em Portugal, além de Setúbal, só a Horta lá está, quiçá com o desconhecimento do Governo Regional e da sua Secretaria do Turismo, particularmente.

Aliás um valioso troféu que poderá trazer não apenas divisas se não for feita a devida divulgação, em que também entra a nossa Imprensa escrita, falada e visual, já que da regional não há muito a esperar.

E o Faial dispõe de boas ferramentas, para usar termo da moda: 4ª. Marina mundial, de iates e pavilhões sem conto; duas Regatas Internacionais, não falando da Atlantis Cup e do Canal, incluídas na Semana do Mar, organizada pela Câmara da Horta e Clube Naval.

A propósito, recorde-se o orgulho dos Micaelenses pela Sete Cidades, mesmo depois de ter perdido primazia nos cartazes turísticos regionais, como se as belezas naturais dos Açores se reduzissem à linda Lagoa de águas azul e verde que até lhe valeu justo prémio em concurso nacional.

E os Terceirenses com sua heróica Cidade Património Mundial, qual cereja em cima de bolo que é a rica História, merecido orgulho do bravo povo.

Mas diz também a História que os faialenses, sempre que chamados, escreveram lindas páginas, e tem estado entre os primeiros nos mais diversos sectores da vida açoriana.

É desejar que passem a olhar com maior interesse para a sua Ilha e para a Baía da Horta e não se esqueçam de lembrar que pertence ao Clube das mais belas do mundo. 

 

HORTA no 1º. Voo

Transatlântico

Mais uma vez Deus escreve direito por linhas tortas, ou sempre que se trata de emendar injustiças humanas.

Embora a Horta fosse alternativa a Ponta Delgada quando até mais indicada para a escala da Esquadrilha de três hidro-aviões norte-amerciana seria as Flores se tivesse condições, por sua privilegiada situação geográfica mais a ocidente.

Mas quís o Altíssimo que fosse na bela Baía faialense que, a 17 de Maio de 1919, amarou com sucesso o único dos ditos aparelhos na memorável 1ª. Travessia aérea do Atlântico.

E a ponta do Pico, qual farol Divino fez com que o Cap. Ten. Albert Read descesse para o Faial, amarando na praia de Santo Cristo e depois na da Horta onde na rua do Mar, Cais de Santa e no redondo da Doca milhares de faialenses o aguardava com grande entusiasmo.

Como é sabido, os outros dois aparelhos devido a violento nevoeiro foram obrigados a descerem no Atlântico já perto das Flores: o NC 1 afundou-se e o NC 3 pilotado por John Towers, comandante da Esquadrilha ficou impossibilitado de levantar, seguindo sob mar alteroso até Ponta Delgada.

Durante os três dias no Faial os aviadores foram alvo de amistosas recepções, partindo a 20 de Maio para São Miguel, donde o Cap.Ten. Read prosseguiu para Plymouth, com escala em Lisboa.

Julgava, porém, que nada mais teria a escrever, e que efeméride ficaria por mais um ou outro artigo na Imprensa, mas eis que nova surpresa sucede.

E desta feita o Criador fê-la directamente por saber que o protagonista havia posto a render os preciosos talentos Dele recebidos.

Estamo-nos a referia ao Eng. Fernando Teixeira que construiu, com arte e tamanho apropriado, uma réplica do NC 4 que ofereceu a Museu da Ilha de sua mãe, a distinta faialense Dona Maria Helena Meneses.

Mesmo que outros testemunhos venham a surgir aquando do Centenário, este em apreço ficará para sempre a atestar a importância que o Faial e a bela Baía da Horta tiveram na epopeia do 1º. Voo Transatlântico.

* O autor não escreve de acordo com o novo Acordo Ortográfico

 

 

 

 

* O autor não escreve de acordo com o novo Acordo Ortográfico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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