PSD preocupado com dívidas aos fornecedores de medicamentos na Região

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 Em cenário de crise, o sector da Saúde é o que mais dores de cabeça tem causado ao Executivo Regional nos últimos tempos. Com uma dívida de cerca de 600 milhões de euros, a Saúde foi o único sector da administração regional que viu as suas verbas reforçadas no Orçamento açoriano para 2012, precisamente para fazer face aos números do passivo.

Para o PSD/Açores, neste momento o impacto dos problemas financeiros na Saúde está neste momento a recair sobre os fornecedores das unidades de saúde açorianas, que vêm os pagamentos do Executivo Regional atrasados. Na manhã de ontem, o líder parlamentar laranja visitou na Horta a empresa Eduardo Caetano de Sousa, armazenista de produtos farmacêuticos, para se inteirar as dificuldades do sector. Duarte Freitas considera que, se o problema financeiro na saúde não for verdadeiramente encarado pelo Governo Regional, o impacto que actualmente recai sobre os fornecedores poderá vir a atingir os utentes do Serviço Regional de Saúde.

Em declarações à comunicação social após a visita, o deputado lembrou que, neste momento, a generalidade dos fornecedores na Região é atingida por atrasos de pagamentos, alguns com mais de seis meses. Duarte Freitas considera que, neste cenário, o presidente do Governo Regional não tem razões para se “vangloriar” pelo estado das finanças regionais, quando as empresas se vêem a braços com dificuldades provocadas pelos atrasos nos pagamentos da administração pública.

De acordo com o empresário Eduardo Caetano de Sousa, o cenário é verdadeiramente preocupante. A empresa que dirige também se vê a braços com pagamentos em atraso por parte do Governo Regional, numa situação que se está a tornar “insustentável”. “Não vejo que os responsáveis por este sector tenham vontade de resolver esta situação”, lamenta.

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Para este empresário, “os responsáveis não têm uma ideia precisa de como funciona o sector farmacêutico, muito menos a parte respeitante aos produtos hospitalares”. “ O actual estado de coisas pode pôr em perigo a Saúde na Região”, alerta, lembrando que, se as empresas que fornecem os hospitais e centros de saúde dos Açores não poderem satisfazer os seus compromissos com os seus fornecedores é-lhes cortado o fornecimento e deixam automaticamente de, por sua vez, poder satisfazer as necessidades das unidades de saúde da Região”.

Eduardo Caetano de Sousa entende que, ainda assim, a situação na Horta não é tão preocupante como, por exemplo, em Angra ou Ponta Delgada, onde existem já casos de empresas que cortaram determinados fornecimentos. No Faial, este empresário não tem conhecimento de cortes no fornecimento mas, se a situação não se inverter, teme que estes venham a acontecer.

 

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