Todos nós podemos ser voluntários

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Todos os anos a 5 de dezembro, comemora-se o dia Internacional do voluntariado, data instituída pelas Nações Unidas em 1985 . O Tribuna das Ilhas não podia deixar a data passar em branco e fez um apanhado do voluntariado a nível geral e local.
 
O que é ser voluntário?
Considera-se voluntariado, segundo o art.º 2 da Lei n.º71/98, de 3 de novembro, todas as ações de “interesse social e comunitário” tendo a participação de ser “desinteressada” por parte da população, falando em termos financeiros, e levadas a cabo por entidade públicas e privadas, sem “fins lucrativos”. Essa participação pode ocorrer em “projetos, programas e outra formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade”. 
Por sua vez, não se consideram ações de voluntariado as participações esporádicas ou participações apenas “determinadas por razões familiares, de amizade e de boa vizinhança”.
Um voluntário não tem necessariamente de se inserir numa instituição de solidariedade social pode também fazer voluntariado numa associação de defesa do ambiente,  proteção animal, ou mesmo de defesa dos direitos humanos, por exemplo.
 
Uma voluntária no Hospital da Horta EPE
Com um ar afável e sorriso na cara Maria Hildeberta recebe-nos no Hospital da Horta. Voluntária à mais de 18 anos, a doméstica teve conhecimento do voluntariado nesta instituição em “um anuncio no jornal”, e confessa “vi e pensei logo: isto é bom para mim”. O facto de gostar de ajudar os outros foi essencial nesta decisão. Após um curso de preparação inicial Maria começou a sua atividade na unidade de Consulta Externa, onde ainda hoje desenvolve o seu trabalho como voluntária.
Desloca-se ao Hospital duas vezes por semana durante cerca de quatro horas. Durante esse tempo explica que ajuda “os doentes que entram no Hospital e não sabem para onde se dirigir, outros pedem informações”. Além disso “temos um serviço de distribuição de café e bolachas por todos os pisos onde há salas de espera”. O seu trabalho assume-se essencial para “ajudar várias pessoas, levá-las aos outros pisos onde tem consultas e analises. Pessoas que entram aqui pela primeira vez e não sabem nada tem mesmo de ser acompanhadas, não basta só dar a informação”, principalmente a doentes que se deslocam de outras ilhas para o Faial para prosseguir tratamentos ou ter consultas de especialidade que não têm nas ilhas onde residem.
Apesar de o seu trabalho ser maioritariamente na Consulta Externa fala das outras atividades que os atuais 19 voluntários fazem ao longo dos dias, desde ajudas de custo para doentes deslocados, ao acompanhamento de doentes que tenham de fazer tratamentos ,e mesmo com o empréstimo de equipamento médico que seja necessário para um curto espaço de tempo ou de roupa para doentes que não tenham mudas disponíveis, um serviço que considera “muito abrangente”.
A voluntária considera que a promoção do voluntariado no hospital “tem sido suficiente”, apesar de neste momento só contar com 19 pessoas e já terem tido, no início do programa de voluntariado, 27 pessoas disponíveis para ajudar. 
Maria Hildeberta disse confiante que “enquanto eu puder eu vou vir”, contando que o Hospital já teve uma voluntária com 80 anos. “Por exemplo ouvir um doente que está acamado, apoia-lo é muito importante. Acho que há pessoas com 80 anos que ainda estão tão válidas que podem fazer” concluiu.
 
Maria Hildeberta é voluntária no Hospital da Horta há mais de 18 anos
Quer ser voluntário? 
No Faial existem diversas associações de intervenção em várias áreas onde se pode inscrever como voluntário, para além do Hospital da Horta.
A HELPO é uma delas, contando com 20 voluntários neste momento. Esta associação tem dois âmbitos gerais de atuação: a assistência humanitária e o desenvolvimento de projetos de ajuda em países em vias de desenvolvimento. É também possível apadrinhar criança e projetos desta organização mesmo à distância.
No caso da Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação da Horta, cerca de 10 pessoas estão inscritas como voluntárias. Além destes “algumas pessoas colaboram consoante a sua disponibilidade mas não se inscrevem”, analisou a responsável.
Se o seu interesse é a defesa do Ambiente (…)
 
 
Leia a reportagem completa na versão impressa do Tribuna das Ilhas, edição 19/12/2014 

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