Torre do Relógio – Cuidar o nosso património

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Cerca de meio milhar de pessoas já visitou a Torre do Relógio do Largo D. Luís I desde que, em agosto p.p. abriu à visitação.
Trata-se de um dos mais emblemáticos elementos arquitetónicos da cidade da Horta que, em boa hora, resolveu a Câmara Municipal da Horta, disponibilizar a todos aqueles que consideram importante conhecer mais da nossa história e do nosso património.
O período de visitação estende-se até ao final de setembro e, atendendo à grande adesão verificada, o Município equaciona alargar o período porque o objetivo é dar a conhecer o que é nosso aos faialenses em primeiro lugar, e a quem nos visita e escolhe a Horta como destino, seguidamente.
Ao subir os 97 degraus da sua escadaria, para além da fantástica vista que têm para os vários pontos da cidade, conseguem aceder, através de QR Code, a informação turística em português e inglês, sobre 17 monumentos da nossa cidade e que são observáveis do cimo da Torre.
No atual mundo globalizado, o poder da cultura para transformar as sociedades é claro. Nas suas diversas manifestações, desde os nossos monumentos históricos e museus às práticas tradicionais e formas de arte contemporâneas, a cultura enriquece as nossas vidas quotidianas de inúmeras formas. O património constitui uma fonte de identidade e coesão para as comunidades afetadas pela mudança desconcertante e pela instabilidade económica. A criatividade contribui para a construção de sociedades abertas, inclusivas e pluralistas. Tanto o património como a criatividade constituem as bases de uma sociedade do conhecimento vibrante, inovadora e próspera.
Esta câmara tem conseguido desenvolver um trabalhado sério, no sentido de preservar e valorizar o nosso património cultural e edificado. Esta iniciativa vem no seguimento de todo o esforço que a CMH tem feito para requalificar este espaço. Começou por levar a cabo obras de beneficiação da Torre, posteriormente interveio na zona envolvente e, o passo seguinte, será recuperar o mecanismo do século XVIII do relógio ali existente.
A verdade é que o espaço estava completamente abandonado, pelo que, com estas intervenções, pretende-se consolidar a oferta turística e cultural, promovendo mesmo no futuro, eventos culturais que façam uma interligação entre o Largo D. Luís I e o Jardim Florêncio Terra, antigo Jardim Público da cidade da Horta.
Os monumentos e os locais históricos não devem ser apenas locais de contemplação, mas sobretudo espaços de interação e de convívio, pelo que é fundamental reforçar o trabalho realizado, de criação de um roteiro cultural, que já está beneficiado com a abertura recente da Igreja do Carmo e agora da Torre do Relógio, dois importantes ex-libris da cidade.
A própria UNESCO acredita que o desenvolvimento do território não poderá ser sustentável sem uma forte componente cultural.
Neste que é o Ano Europeu do Património Cultural, é de salutar importância que este Município, prosseguindo aquelas que são as suas estratégias políticas para a área do património cultural, dê especial atenção a isso mesmo.
O Ano Europeu do Património Cultural, enquadrado pelos grandes objetivos da promoção da diversidade e do diálogo interculturais e da coesão social, tem como objetivo chamar a atenção para o papel da cultura e do património no desenvolvimento social e económico mas, mais do que isto, parece-nos que esta é uma oportunidade para a realização de iniciativas envolvendo as comunidades, os cidadãos, as organizações, as entidades públicas e privadas, contribuindo para uma maior visibilidade da cultura e do património e para o reconhecimento da sua importância e do seu caráter transversal em todos os setores da sociedade.

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