Um novo conceito de negócio – Yacht’s Pantry e Bico Doce juntos num único espaço na Avenida Marginal

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As empresas Dutras Lda e Humberto e Maria Judite Lda inauguraram na passada sexta-feira um novo espaço comercial na Avenida Marginal da Horta, designado Yacht’s Pantry/Bico Doce.

Assim, neste espaço as duas empresas locais colocam ao dispor dos clientes dois serviços diferentes, um de mercearia e outro de pastelaria, que se complementam entre si.

Trata-se de um novo conceito de negócio que estes empresários querem implementar no Faial, à semelhança daquilo que já existe noutros locais do país, e que surge da necessidade de juntar diferentes tipos de negócio num único espaço como forma de fazer fase aos tempos difíceis que o país atravessa.

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Para Paulo Dutra, responsável pela Yacht’s Pantry, “este espaço é o culminar de um projecto que se iniciou em 2008, com o objectivo de abastecer produtos aos iatistas na Marina da Horta”.

Com a abertura deste espaço a empresa Dutras, passa a ter algo ao dispor dos iatistas também na saída norte da Marina, complementando o que já existe a sul, na entrada principal da Marina, onde foi criada a primeira loja Yacht’s Pantry, que, de resto, também resultou de uma parceria com outro empresário local, em que é partilhado o mesmo espaço.

Neste novo espaço, partilhado com o Bico Doce, a empresa Dutras disponibiliza um preçário e três línguas, e a máxima variedade de artigos possível, segundo explicou Paulo Dutra.

Esta parceria com o Bico Doce é, no entender do empresário, “acima de tudo, um compromisso para com a economia da ilha, com o intuito claro de fazer passar a crise o mais depressa possível”.

“Queremos dizer aos nossos fornecedores locais, clientes e parceiros de negócios, que se não nos associarmos, o futuro será muito mais difícil para todos”, finalizou Paulo Dutra.

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Já para Humberto Goulart, esta parceria permite também expandir o seu negócio, uma vez a presença do Bico Doce na Avenida Marginal e numa vertente virada para o Mar pode ser uma vantagem nesta altura de crise. “A verdade é que os tempos que correm são difíceis”, disse na ocasião o empresário, acrescentando que, “este tipo de negócios pode parecer um pouco insólito, mas a realidade mostra que cada vez mais temos de caminhar para estas parcerias”.

No entender de Goulart, “juntar vários pequenos negócios no mesmo espaço revela-se mais atractivo ao consumidor”, reforçando que, tendo em conta a realidade actual e a dimensão da ilha, este é o exemplo a seguir. “Aqui partilhamos o mesmo espaço, dividindo os custos: a renda, a luz, a água… Penso que o futuro caminha neste sentido. Daqui a um ano ou dois vamos fazer um balanço e ver se resultou”, terminou.

Numa altura em que o país é assolado por uma crise financeira que obriga a apertar bem o cinto, o presidente da Câmara Municipal da Horta também deixou uma palavra de apoio a estes empresários, congratulando-os pelo seu espírito de iniciativa e pelo facto de dinamizarem um espaço com uma localização privilegiada que se encontrava desocupado. Segundo João Castro, este projecto “assenta na nossa vocação marítima; nos serviços prestados não só aos locais mas também a quem nos visita”.

Para o autarca, este conceito de complementaridade “cria sinergias no sentido de oferecer um serviço diferenciado e adequado a um tipo de mercado, como é o nosso, com especificidades muito próprias”.

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Além disso, Castro considera que este projecto vai ao encontro daquilo que se pretende para a cidade da Horta: voltá-la para o mar. “Sempre que nos virámos para o mar tivemos momentos de melhor comércio e melhor dinâmica entre Faial e Pico”, disse. Neste contexto, o edil fez referência à recente assinatura de um protocolo com o Governo Regional referente à requalificação de toda a frente mar. O novo terminal de passageiros na zona Norte da baía, “prestes a ser inaugurado”, o projecto da nova fase do Porto da Horta, junto ao Largo Manuel de Arriaga, e o projecto de conversão da frente mar são, para João Castro, exemplos do trabalho que se pretende fazer nesse sentido. Segundo o autarca, também as empresas locais, à semelhança de Dutras e Bico Doce, devem arregaçar mangas e trabalhar em conjunto para fazer face à crise e, se possível, tirar partido desta orientação que se pretende da Horta para o mar.

De acordo com o edil, a autarquia irá ainda proceder a alguns melhoramentos em torno da estrutura comercial agora inaugurada.

 

 

 

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