Vereadores do PSD na Câmara da Horta querem ver as suas propostas no Plano e Orçamento 2011

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O facto das propostas da vereação social-democrata incluídas no Plano e Orçamento do Município em 2010 não terem ido além do papel levou o PSD/Faial a tomar medidas mais cedo e em tom mais reivindicativo quanto ao Plano e Orçamento para 2011. Em conferência de imprensa na manhã de ontem, os vereadores do PSD apresentaram aos órgãos de comunicação social as propostas que querem ver contempladas no Plano, e das quais já deram conhecimento à maioria socialista nas reuniões de Câmara anteriores. São oito pontos-chave que constituem a base para um entendimento político a que o PSD se propõe, caso o mesmo seja desejado pela maioria da Câmara Municipal.

Os social-democratas defendem que a conclusão das obras em curso do Polivalente de Pedro Miguel deve ser uma das prioridades para 2011, assim como a garantia de financiamento para avançar com o Polivalente da Feteira, há muito adiado.

Para os vereadores do PSD, chegou também a altura de elaborar o projecto do Passeio Marítimo da Alagoa à Ribeira da Feteira, e de realizar um estudo projectivo sobre a resposta da actual rede de creches e ATL’s no concelho, área onde se notam grandes carências na ilha.

Criar um novo roteiro turístico do Faial e elaborar um projecto de requalificação do Mercado Municipal são outros dos tópicos que a representação laranja na CMH quer ver contemplados no Plano de actividades do Município para o próximo ano, assim como um aumento dos descontos nas tarifas de águas e resíduos sólidos aos beneficiários do Cartão Solidário do Município.

Outra das questões que para o PSD não pode esperar mais é a elaboração de um plano de reordenamento da circulação viária na cidade, que garanta mais fluidez de trânsito e mais segurança para os peões. Paulo Oliveira lembra que este é um problema grave que “não sofreu qualquer alteração”, e frisa a importância da criação de bolsas de estacionamento na salvaguarda do Comércio Tradicional.

Instado a pronunciar-se sobre a tradução destas propostas em números, uma vez que a não orçamentação foi uma das razões que levou a maioria socialista a descartar alguns projectos dos social-democratas anteriormente, Paulo Oliveira entende que essa não é uma tarefa dos políticos, e que o argumento utilizado pelo edil serve apenas para desvalorizar as propostas do PSD. O vereador entende que a orçamentação dos tópicos incluídos no Plano do Município cabe ao Gabinete Técnico da Câmara Municipal da Horta. Além disso, a vereação social-democrata não duvida de que as suas propostas são viáveis e facilmente concretizáveis, como frisou Rosa Dart.

Para Fernando Guerra, a abertura que o PSD pretende da parte da maioria socialista é uma questão de “ética democrática”, e respeito para com os eleitores que votaram no PSD nas últimas eleições autárquicas. Ora, para os social-democratas a maioria socialista não se tem mostrado dialogante, sendo que um dos reflexos dessa situação é o que entendem ser o “esvaziamento de conteúdo” das ordens de trabalho das reuniões de Câmara.

Na votação do Plano e Orçamento para 2010 na Assembleia Municipal os social-democratas abstiveram-se, viabilizando desta forma a aprovação dos documentos. Na ocasião, o sentido de voto da facção laranja foi justificado pela importância de não ser inviabilizado o primeiro Orçamento do mandato. Em 2011, no entanto, o PSD promete ser mais peremptório nas suas reivindicações, e caso as propostas apresentadas não sejam contempladas no Plano deverá votar contra.

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