A 10 anos de vista!

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É o tempo que falta, para a LIRA CAMPESINA CEDRENSE festejar seu 1º. Centenário, todo ele virado para a Arte Musical nos Cedros que, em fins da década de 30 do século passado, além de ser a maior era a mais populosa, mais rica, mais industrial, mais religiosa das freguesias rurais do Faial.

Foi notícia do Tribuna sobre o nonagésimo aniversário a 19 de Março de 2017, Dia de São José, seu patrono que me fez consultar o livro “Crónicas Cedrenses” do amigo Eduardo Lacerda radicado em Filadélfia, América, e nome conhecido do leitor.
Todavia nunca esqueci essas noites de semanas a fio em que meu pai entrava em casa, à Praça, desabafando com a minha mãe da dificuldade que vinha tendo em ensinar gente ainda jovem, quase toda apenas habituada a lidar com vacas e arados, para quem instrumentos e notas musicais eram coisas nunca antes vistas.
De recordar que Constantino Magno do Amaral Jr., além de primeiro Regente, era membro da Associação Educativa, União e Progresso que, por iniciativa do Prof. João Pereira Dutra, lançara a revista “Eco Cedrense”, entre outras como a Filarmónica que muito contribuíram para o prestigio dos Cedros na Ilha.
Também não me lembrava que meu tio José Freitas havia sido dos primeiros elementos, tocando ele Cornetim…
Naturalmente na saga da quase centenária Filarmónica Lira Cedrense tenha havido bons executantes, se bem que um houve que se distinguiu no Trompete, e de tal maneira que ainda hoje José Silveirinha é tido como uma lenda: 
A morte súbita de Luis Symaria, famoso trompetista faialense, então na regência em substituição do grande maestro seu pai, constituiu problema ao Sem Rei Nem Roque que tinha inadiável compromisso para um concerto no Palacete do Com. Eduardo Bulcão .
Tábua de salvação foi o Silveirinha, com certeza já conhecido na Cidade, mormente entre os elementos do popular Jazz, e de que maneira, pois foi autêntico êxito a participação do músico cedrense.
Já estava na Terceira quando a Filarmónica Lira Campesinha foi integrada na Casa do Povo, que de bom grado acolheu a decisão dos dirigentes e associados que mantendo-se independentes, garantiram melhor futuro da Instituição.
E o que é certo é que já são passadas três décadas e a Filarmónica encontra-se bem activa.
Disto tivemos conhecimento em recente conversa com o Maestro Rui Norte, actual Regente, dando-nos ainda a certeza de que os 10 anos que faltam para o 1º. Centenário vão, se Deus quiser, continuar a decorrer de feição, tendo em vista uma desejada e digna Comemoração. 
 

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